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A MÃE SEGUNDO A VONTADE DE DEUS: O CASTIGO – POR PADRE J. BERTHIER

Paramentos Litúrgicos

''A mãe segundo a vontade de Deus, não contente em procurar conhecer os defeitos de seus filhos, arma-se da enérgica resolução de os castigar, depois de descobertos, e para isso não poupa nem advertências, nem repreensões, nem mesmo castigos; vale mais ver correr, por um instante, as lágrimas do filho, do que ser obrigada mais tarde a chorar por sua causa. A mais ligeira omissão que a criança cometa, a mãe deve avisá-la com doçura, e sendo mais culpada, deve então infligir-lhe uma grave repreensão. Se algumas vezes é indulgente para as faltas leves, nunca deve perdoar as faltas de respeito.

É um erro da mãe, depois de ter castigado o filho, ir prodigalizar-lhe carinhos, porque isso seria fazer-lhe crer que foi castigado injustamente. Nunca deve deixar passar despercebidas faltas pelas quais já se mostrou justamente severa. Parece efetivamente ser caprichosa na educação sendo umas vezes severa e outras indulgente acerca da mesma falta. Nunca deve partilhar a ilusão dessas mulheres que não ousam castigar alguns filhos cuja susceptibilidade não pode suportar repreensões.

Quando, mais tarde, tiverem de sofrer as humilhações e as contrariedades de que a vida está cheia, poderão suportar o peso de provações as almas cuja susceptibilidade e amor próprio se deixou crescer? É preciso sem dúvida, com essas crianças, saber esperar o momento favorável, para dar uma correção, mas nunca deixar de a dar.

A mãe cristã nunca se cansa de repreender e castigar, tanto quanto as faltas se renovarem. Sem esta firmeza perseverante, não atingirá a correção o seu fim, que é desenraizar os defeitos da criança.''


Pe. J. Berthier. ''A mãe segundo a vontade de Deus''. Edit. Tipografia Fonseca, Porto, 1927, p. 238

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