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ALGUÉM AINDA DÁ CREDIBILIDADE À CAMPANHA DA FRATERNIDADE? – ARTIGO ESCRITO POR MÔNICA ROMANO

Paramentos Litúrgicos
Caros leitores e internautas, esperei um tempo para comentar este assunto, pois cada ano que passa sinto que ele faz menos sentido do que  nos anos anteriores.

E este ano, além de não fazer sentindo algum, ainda causou certa perplexidade diante do tema; “ Biomas brasileiros e defesa da vida”. Nada contra a natureza, pois é criação de Deus, e assim como todas as coisas, há de se ter respeito. Defesa da vida é nossa bandeira… mas e as crises reais que têm que ser enfrentadas pela nossa Igreja??? E a situação dos cristãos mortos em todas as partes do mundo??? E o que falar do ano que claramente é Mariano??? Todas estas coisas fazem mais sentido que cuidar dos biomas brasileiros.

 
Vejo a reação de muitos amigos meus sobre a Campanha da Fraternidade, que sai quaresma, entra quaresma, e é sempre a mesma coisa. Temas que não fazem sentido nenhum, impostos por uma Conferência que há muito não é reconhecida pela maioria dos fiéis, que a cada ano que passa perde em credibilidade e não se preocupa com o papel principal da Igreja, salvar almas, pescar almas, pois nosso objetivo é a vida eterna.
 
Desde o tempo quando assumi o papel de catequista de crianças, confesso a vocês, nunca coloquei em prática a discursão dos temas da campanha, tampouco ensinei as musiquinhas que para mim são de gosto muito duvidoso. Creio que quinze anos depois a coisa não melhorou, só piorou.
 
A Campanha da Fraternidade nasceu junto com as ideias irresponsáveis do Concílio Vaticano II. A Campanha iniciou se em 1962 na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte por iniciativa de três sacerdotes. E nacionalmente foi realizada pela primeira vez na quaresma de 1964.  Vejam bem, o Concílio Vaticano II sequer tinha sido concluído, sequer tinha sido publicado seu primeiro documento a Sacrossantum Concílium ( Dezembro de 1963 ) e os bispos e padres já estavam colocando em prática experimentos estranhos à liturgia da Igreja, prova de que as ideias , muitas delas colocadas na conta do Concílio, mas já vinham de anos anteriores. Por isso, temos que estudar muito, nem tudo que ocorre hoje em dia é culpa do Concílio Vaticano II. Muitas coisas e muitas desobediências já vinham de datas anteriores.
 
Agora, por que biomas? Chamar a Terra de “mãe”, em um tema da dita "Campanha da Fraternidade" me pareceu mais zombador do que este. Primeiro, substituíram Deus pelo homem, e em seu altar, “adoram” o homem e suas necessidades, em detrimento Daquele a quem toda honra e adoração ainda é pouco. E agora o que nos diz este tema da Campanha? Substituam  Maria, nossa Mãe, Mãe da Igreja, Mãe da humanidade, pela “mãe” Terra. É a confirmação do surgimento do neo paganismo e panteísta. É o enterro da divindade, é a substituição da fé por algo mais real, mais tocável. Com isso a CNBB  está claramente a dizer ao povo brasileiro ( e ainda bem que este tipo de campanha infelizmente só existe aqui ) que não é Maria em seu ano de tantas datas a comemorar que importa, mas salvar nosso habitat,  está nos dizendo que já não se importam com a Salvação dos homens e a vida eterna, mas estão sim, preocupados em salvar o planeta, as águas, as plantas e os animais. Já não creem no Evangelho e no que diz Jesus, “ Meu reino não é deste mundo”, Jo 18,36.
 

Mas ainda vou mais profundamente, para aqueles que conseguem ver mais além. Com este tema vemos também uma declaração de guerra, é chegada a hora da batalha entre a Mulher ( Maria ) e a serpente ( diabo , o príncipe deste mundo ). Exatos 100 anos da Aparição da Virgem Maria em Fátima, 300 anos  do encontro a imagem da Virgem Maria no Rio Paraíba , quis a CNBB fazer esta declaração de Guerra, e com isso dizer ao seu rebanho,” nós acreditamos no mundo e trabalhamos por ele”. Mais do que nunca é chegada a hora de escolher um lado; mais do que nunca é chegada a hora de se fortalecer; mais do que nunca é chegada a hora da perseguição, “ E odiados de todos sereis por causa do meu nome, mas aquele que perseverar até o fim, este será salvo” Mt 10,22 .

 

Mônica Romano é catequista em Belo Horizonte, Minas Gerais, e colaboradora do Portal Catolicismo Romano.

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