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BENTO XVI; “Membros da igreja pecaram”

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O Papa Bento XVI admitiu aos cardeais do mundo todo que foram prestigiá-lo, no Vaticano, que comanda uma Igreja "ferida e pecadora", na data em que completou cinco anos de um pontificado tumultuado, mais recentemente marcado por escândalos de pedofilia envolvendo padres.

O Pontífice "evocou os pecados da Igreja", descrevendo a instituição como "ferida e pecadora" ante 50 cardeais reunidos para celebrar o aniversário, informou o jornal oficial da Santa Sé, L'Osservatore Romano.

O Vaticano e a Igreja italiana manifestaram solidariedade a Bento XVI, nesta segunda-feira, feriado no Vaticano, que marca a eleição do sucessor de João Paulo II.

Cinquenta cardeais de todas as nacionalidades almoçaram com Bento XVI no Vaticano demonstrando seu apoio, após a série de revelações nos últimos meses de abusos cometidos por padres e religiosos e após as críticas contra a "omertà" no seio da Igreja – omertà é uma palavra de etimologia italiana, que significa "conspiração".

O papa confiou aos prelados que "sente fortemente que não está sozinho, que tem a seu lado todo o colégio de cardeais, que partilha com ele vicissitudes e reconforto", afirmou l'Osservatore Romano.

Fazendo referência indiretamente aos escândalos de pedofilia, o jornal do Vaticano acrescentou: o papa "evocou os pecados da Igreja, lembrando que esta, ferida e pecadora, experimenta ainda mais a consolação de Deus".

O mais velho dos cardeais, Monsenhor Angelo Sodano, afirmou por sua vez que o colégio dos cardeais, que conta 181 membros (entre eles 108 eleitores em caso de conclave, instância que elege o papa), "é uma grande família, sempre unida ao sucessor de Pedro e preocupada em viver num espírito de comunhão fraternal". Agradeceu a Bento XVI a "grande generosidade" demonstrada no exercício de sua função, desejando que continue assum durante "longos anos", registrou a Rádio Vaticano.

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