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Bispos dos Estados Unidos questionam “por que prender os mais vulneráveis?”

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Uma delegação de bispos católicos, evangélicos e luteranos dos Estados Unidos, visitou as mães e crianças que fugiram da violência de seus países de origem e agora estão detidos no Centro de Detenção Dilley, no Texas. Os líderes religiosos pediram ao governo federal para acabar com a prática da detenção de famílias, citando os efeitos nocivos sobre as mães e os filhos, como indicado em nota publicada no site da Conferência dos Bispos dos Estados Unidos (USCCB).

"Depois desta visita, a minha principal pergunta é: por que? Por que prender essas pessoas vulneráveis, jovens mães e traumatizadas, com seus filhos, que fugiram da perseguição em seus países de origem?". A pergunta é de Dom Garcia-Siller, Bispo de San Antonio (Texas), após a visita ao Centro de Detenção Dilley.

Ele também comentou que uma grande nação como os Estados Unidos, “não precisa prender os mais vulneráveis como forma de dissuasão. O caráter moral de uma sociedade é julgado pela forma como trata os mais vulneráveis. A nossa política de detenção de famílias é vergonhosa e peço as instituições para acabar com essa prática".

Por sua parte, Dom Eusébio Elizondo, presidente da Comissão para a Migrações da USCCB, após a visita, afirmou: "A detenção de famílias não faz sentido e enfraquece o processo legal. É particularmente prejudicial para as crianças, que sofrem danos emocionais e psicológicos depois da prisão. Esta política é uma mancha na história do governo norte-americano sobre a imigração".

De acordo com Dom James Tamayo, Bispo de Laredo, Texas, existem "alternativas à detenção: ações humanitárias que podem ser usadas ​em favor das pessoas envolvidas". A Igreja –argumentou ele – está disposta a ajudar neste sentido. Desde o Verão passado, o Departamento de Segurança Nacional (DHS) prendeu centenas de famílias em centros de detenção no Novo México, Texas e Pensilvânia, como resultado da nova política de detenção para famílias que fogem da violência na América Central .

 

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