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Como o verdadeiro católico deve votar?

Paramentos Litúrgicos

Os princípios inegociáveis que o verdadeiro católico jamais pode abrir mão na hora de votar são:

  1. A defesa incondicional da vida desde a concepção até o seu fim natural. Em outras palavras, a justificação do aborto e/ou da eutanásia por um partido político e/ou candidato já os fazem indignos do voto do verdadeiro católico (cf. João Paulo II. Evangelium vitae, 1995, n. 63 e 65; Discurso do Papa Francisco na Assembleia Geral da ONU, 25/09/2020, online).
  2. O magistério da Igreja é bem claro, através da Bula Papal Illius, instituída pelo Papa Paulo IV: católico jamais deve apoiar indivíduos protestantes ou que estejam alinhados ao protestantismo, que tenham sua base sustentadas por seitas protestantes e que recebam orientações diretas de protestantes. (Papa Paulo IV – Bula Papal Ilius). Deve-se lembrar aos católicos que os protestantes repudiam e debocham reiteradamente de Nossa Senhora, odeiam Cristo Crucificado e abominam os Santos e Mártires da Igreja Católica, indo em total desalinhamento com os dogmas católicos. Ora, um católico de verdade jamais aceita um indivíduo que odeia a fé católica e sua doutrina, ou seja, católico que é católico de modo algum vota em candidato protestante ou que tenha ligação estreita com os mesmos.
  3. A defesa da família como célula base da sociedade (cf. João Paulo II. Familiaris consortio, 1981; Francisco. Amoris laetitia, 2016). Deve haver a defesa do “casamento como uma união entre um homem e uma mulher; os direitos e deveres dos pais de educar seus filhos segundo suas convicções, ou seja, o respeito ao pátrio-poder” (Monsenhor Juan Cláudio Sanahuja. Poder global e religião universal. Campinas: Ecclesiae, 2012, p. 135; cf. Catecismo da Igreja Católica n. 2201-2233). Acrescente-se aqui a rejeição à ideologia de gênero que nega a natureza humana como foi criada por Deus (cf. Congregação para a Educação Católica. Homem e mulher os criou: para um diálogo sobre a questão do gender na educação. Vaticano, 2019, online).
  4. O repúdio ao laicismo. Este quase sempre se manifesta no ataque às expressões públicas das sadias convicções religiosas das pessoas (orações, símbolos religiosos em locais públicos, escritos católicos etc.). “Infelizmente permanecem ainda, inclusive nas sociedades democráticas, expressões de laicismo intolerante, que hostilizam qualquer forma de relevância política e cultural da fé, procurando desqualificar o empenho social e político dos cristãos, porque se reconhecem nas verdades ensinadas pela Igreja e obedecem ao dever moral de ser coerentes com a própria consciência; chega-se também e mais radicalmente a negar a própria ética natural. Esta negação, que prospecta uma condição de anarquia moral cuja consequência é a prepotência do mais forte sobre o mais fraco, não pode ser acolhida por nenhuma forma legítima de pluralismo, porque mina as próprias bases da convivência humana” (Pontifício Conselho “Justiça e Paz”. Compêndio da Doutrina Social da Igreja. São Paulo: Paulinas, 2011, n. 572).
  5. A rejeição do comunismo/socialismo e a consequente defesa do princípio de subsidiariedade. Os Papas, de modo constante, sempre tiveram o comunismo como “intrinsecamente perverso” (Pio XI. Divini redemptoris, 1937, n. 58). Ainda que ele se apresente sob variadas formas de “socialismos” não pode ser aceito pelos verdadeiros católicos (cf. Pio XI. Quadragesimo anno, 1931, n. 111-125). Tal norma é válida até nossos dias (cf. Dom Estêvão Bettencourt, OSB. Curso de Doutrina Social da Igreja. Rio de Janeiro: Mater Ecclesiae, 1992, p. 168). A Igreja propõe o princípio de subsidiariedade. “Esse princípio indica que uma sociedade de ordem superior não deve assumir a tarefa própria de uma sociedade de ordem inferior; privando-a das suas competências, mas deve, antes, apoiá-la em caso de necessidade” (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Loyola, 2005, n. 403).

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