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Festa da Santíssima Trindade: Liturgia Tridentina

Paramentos Litúrgicos
Epístola de São Paulo Apóstolo aos Romanos 11, 33-36.

Ó abismo da riqueza, da sabedoria e da ciência de Deus! Como são impenetráveis os seus desígnios, e insondáveis os seus caminhos! Quem, na verdade, conheceu o pensamento do Senhor? Quem foi seu conselheiro? Quem Lhe deu alguma coisa primeiro, para que tenha de receber em troca? Com efeito, é d’Ele, por Ele, e para Ele, que todas as coisas existem. A Ele seja dada glória eternamente! Amém.

Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 28, 18-20.

Naquele tempo: Disse Jesus aos seus discípulos: Foi-Me dado todo o poder no Céu e na terra. Ide, pois, pregar a todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, ensinando-lhes a observar todas as coisas que Eu vos mandei. Quanto a Mim, estarei convosco, todos os dias, até à consumação dos tempos.

Traduções das leituras extraídas do Missal Quotidiano por Pe. Gaspar Lefebvre OSB (beneditino da Abadia de Santo André) – Bruges, Bélgica: Biblica, 1963.

Comentário ao Evangelho do dia feito por São Basílio (c. 330-379), monge, bispo de Cesareia da Capadócia, doutor da Igreja

Homilia sobre a fé, 1-3.

“Concedei-nos que na profissão da verdadeira fé reconheçamos a glória da eterna Trindade”

A alma que ama a Deus nunca está saciada, embora falar de Deus seja tanto mais audacioso quanto o nosso espírito se encontra muito longe de tão alta tarefa; […] e, quanto mais avançamos no conhecimento de Deus, tanto mais sentimos a sua impotência.

Assim foi com Abraão, assim com Moisés, que, quando puderam ver a Deus, pelo menos do modo como tal visão é concedida aos homens, tanto um como o outro se faziam o mais pequeno de todos: Abraão considerava-se “cinza e pó” (Gn 18,27) e Moisés dizia de si próprio que tinha “a boca e a língua pesadas” (Ex 4,10), comprovando a fraqueza das suas palavras em traduzir a imensidão d’Aquele que a sua alma experimentava, já que não falamos de Deus tal como Ele é, mas como somos capazes de O alcançar.

Quanto a ti, se quiseres dizer ou escutar seja o que for de Deus, abandona a tua corporalidade, repudia os teus sentidos […], eleva a tua alma acima de tudo o que foi criado e contempla a natureza divina: encontrá-la-ás imutável, indivisa, a luz inacessível, a glória resplandecente, a bondade almejada, a beleza inigualável que fere a alma sem que ela possa explicá-La.

Assim encontrarás o Pai, o Filho e o Espírito Santo. […] O Pai como princípio de tudo, causa do ser de tudo quanto existe e raiz de todos os seres vivos; d’Ele corre a Fonte da vida, a Sabedoria e o Poder (1Cor 1,24), a Imagem perfeita e fiel do Deus invisível (Heb 1,3): o Filho gerado do Pai, o Verbo eterno que é Deus e voltado para Deus (Jo 1,1). Por este nome de Filho temos a certeza de que Ele partilha a mesma natureza, uma vez que não foi criado por uma ordem, mas brilha sem cessar a partir da Sua substância, unido ao Pai desde toda a eternidade, igual a Ele em bondade, igual em poder, compartilhando da Sua glória. […] E quando a nossa inteligência for purificada das paixões terrenas e puser de lado toda e qualquer criatura sensível, qual peixe que emerge das profundezas até à superfície entregue à pureza da sua criação, então contemplará o Espírito Santo onde estão o Filho e o Pai. Este Espírito, sendo da mesma essência segundo a Sua natureza, possui também todos os bens: a bondade, a retidão, a santidade e a vida. […] E, tal como queimar é próprio do fogo e alumiar da luz, também do Espírito Santo são próprias a bondade e a retidão, e não Lhe pode ser tirada a capacidade de santificar ou fazer viver.

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