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IMACULADA CONCEIÇÃO – ARTIGO ESCRITO PELA CATEQUISTA MÔNICA ROMANO

Paramentos Litúrgicos
O segundo domingo do Advento, foi marcado pela festa da Imaculada Conceição. Uma breve pausa em nosso momento de espera.

É o momento de refletirmos um pouco mais sobre Maria. Sou muito devota, tenho Maria como mãe que sempre me socorre quando é preciso. A primeira imagem que sempre me vem a cabeça é a imagem da mãe que corre em socorro do filho quando este leva um tombo daqueles, afaga, acalma, sopra o machucado, dá aquele beijo que cura tudo, de coração partido a arranhões.

Mas Maria é mais, é sempre mais, tenho a impressão que por mais que tentemos nunca vamos superar Deus em conhecimento de Maria.

Ouvia encantada a homilia do padre deste último domingo, a medida que ele ia falando ia eu concordando com suas sentenças; chamava ele a atenção para a oração da Ave Maria, e a escolha "pobre" em nossa língua portuguesa para a tradução de "plena" oramos " Ave Maria CHEIA de graça", quando o correto seria " PLENA de graça" como na oração em latim " Ave Maria gratia plena, dominnus tecum…"

Ele tem razão pois cheia não dá o sentido de que nada mais cabe, pois ao cheio sempre pode se acrescentar algo mais, e o cheio vir a transbordar. Pleno não, não há espaço, não comporta nada mais, nem o pecado.

Seguia ele em sua homilia, lembrando as muitas virgens, Imaculada Conceição, ( concepção), aqui chamamos carinhosamente Aparecida, porém nos recordemos que a imagem encontrada no fundo do leito do Rio Paraíba era da Virgem Imaculada Conceição, o Aparecida foi incorporado depois. A Virgem de Guadalupe apareceu ao índio Juan Diego grávida, realçando a sua Imaculada Concepção. A Virgem se apresentou a pequena Bernadete em Lourdes como a Imaculada Conceição, só assim o Bispode Tarbes deu crédito as visões de Bernadete, pois sabia que era iletrada e não podia estar a par do dogma estabelecido pelo Papa Pio IX em sua bula "  Ineffabilis Deus" em 08 de Dezembro de 1854.

Discorria ainda ele sobre um tema que se choca com o popular; a festa da Imaculada Conceição se refere  concepção Imaculada de Maria, ou seja o exato momento da concepção de Jesus pelo Espírito Santo? Ou ao nascimento da própria Maria sem a mancha do pecado original.

Ambas as festas se confundem, mas teologicamente lembrava o sacerdote, a festa e o dogma se refere a concepção de Maria, criatura criada por Deus sem a mancha do pecado, desde a queda do homem com a ruptura devido a desobediência de Adão e Eva no paraíso. Deus já tinha um plano de salvação, e já havia dito que criaria uma criatura, uma mulher que seria inimiga da serpente, uma adversária do mal, nesta mulher o pecado não habitaria, esta mulher prevista no gênesis é Maria.

Portanto, a festa, o dogma festejado é o da concepção imaculada ( sem mancha, sem pecado ) de Maria.

E que assim seja, bem aventurada por todas as gerações pelos séculos dos séculos. Amém.

Abraço fraterno a todos.

 
MÔNICA ROMANO É CATEQUISTA EM BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS, E COLABORADORA DO PORTAL CATOLICISMO ROMANO.

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