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Texto final do Sínodo mostra divisão entre bispos

Paramentos Litúrgicos

Neste domingo (19), encerra-se o Sínodo Extraordinário sobre a Família que reuniu no Vaticano 253 bispos e membros da Igreja Católica. Entre os temas mais polêmicos da reunião, está uma maior aceitação dos gays dentro da religião e a questão da comunhão de divorciados que casaram novamente. Porém, conforme informações divulgadas nas últimas duas semanas, ainda não há consenso entre os religiosos sobre esses temas.

Segundo o cardeal de Munique, Reinhar Marx, o "Papa espera mudanças mesmo que eles não sejam da doutrina. Ele espera impulsos. Nós não podemos andar para frente citando-nos como autorreferências".

Marx está entre os religiosos que defendem uma maior abertura da Igreja para os gays, ressaltando que "é impensável dizer a um homossexual que ele não pode viver o Evangelho". Porém, ele não acredita que o casamento entre pessoas do mesmo sexo será aceito pela instituição. Por outro lado, o cardeal africano Robert Sarah, disse que as pressões externas estão querendo que a Igreja mude sua doutrina.

"Mas, nós não vamos julgar uma pessoa homossexual, mas seu comportamento e as uniões homossexuais são um grave desvio da sexualidade", disse ele ressaltando que esse tipo de relacionamento é "contra a lei natural".

No início desta semana, foi divulgado um rascunho dos debates entre os bispos que mostrava uma inédita abertura da instituição aos gays. Porém, após críticas de lados mais tradicionais da Igreja, fez com que o relator-geral do Sínodo, Péter Erdo, anunciasse mudanças no documento para exaltar a chamada "família cristã".

Já na questão dos divorciados, aparentemente, há maior abertura para as mudanças. O cardeal Marx afirmou que essa é uma questão que pode mudar pelo "desenvolvimento da doutrina".

Na primeira divulgação do relatório, Erdo destacou que é preciso lembrar do "sofrimento" de quem "passou por separações ou divórcios" e pedia atenção aos filhos de casais do mesmo sexo ou divorciados. De acordo com o documento, a solução para os diversos problemas pastorais deve ser encontrada através da "inclusão" e da "conciliação", já que a Igreja precisa estar disposta a acolher "o lado positivo da vida das pessoas, acompanhando-a com respeito e atenção". 

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