Últimas Notícias

Documento final é aprovado pelo Sínodo dos Bispos, expondo os problemas das famílias modernas

Paramentos Litúrgicos

O documento final aprovado pelo Sínodo de Bispos que debate temas relativos a família, disse que "os homens e as mulheres com tendências homossexuais devem ser acolhidos com respeito e delicadeza". A questão dividiu a assembleia, que não deu maioria qualificada à questão, apenas simples, assim como o tema do divórcio.

O Relatio Synodi, no entanto, apontou que "não existe fundamento algum para assimilar ou estabelecer analogias, ainda que remotas, entre as uniões homossexuais e o plano de Deus sobre o patrimônio e a família".

O tema da comunhão para os divorciados que voltaram a casar "deve ser aprofundado, tendo em conta a distinção entre a situação objetiva de pecado e as circunstâncias atenuantes", destacou o documento final. Este ponto gerou uma divisão na assembleia de bispos, onde a maioria do religiosos é favorável a disciplina atual.

O debate do Sínodo dos bispos se desenrolou com "franqueza" e "coragem", sem colocar jamais em discussão as verdades fundamentais do sacramento do matrimônio: Sua indissolubilidade, sua união, a fidelidade e a pro-atividade, ou seja, a abertura à vida, disse o papa Francisco, em mensagem aos religiosos.

O Sínodo aprovou hoje o relatório final da reunião, disse o cardeal Gianfranco Ravasi. O documento foi aprovado com 158 votos a favor, de um total de 174, ressaltou o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.

A maioria dos participantes do Sínodo concorda que esta assembleia é apenas o primeiro passo entre os desafios da Igreja diante das novas situações familiares, apontaram fontes do Vaticano.

"O Papa pediu que fosse publicado tudo, com total transparência, o que mostra um alto grau de maturidade", disse Manuel Dorantes, um dos porta-vozes. O texto será divulgado em todas as dioceses do mundo, juntamente com um questionário, e servirá de base para o próximo sínodo, programado para outubro de 2015. "Temos um ano para amadurecer", afirmou o Papa, que elogiou o vigor dos debates. "Se não tivesse havido discussões acaloradas, teria ficado preocupado", comentou, diante dos bispos.

Redigido em um estilo simples, o texto refere-se “ao consolo e à exortação, à sombra e às luzes”, resumiu o cardeal Gianfranco Ravasi. “Nós refletimos sobre o acompanhamento pastoral e a questão do acesso aos sacramentos das pessoas divorciadas que voltaram a se casar”, indica a mensagem.

O texto destaca o “grande desafio da fidelidade no amor conjugal”, provocado “pelo enfraquecimento da fé e dos valores, pelo individualismo, pelo empobrecimento das relações, pelo estresse que impede a reflexão”. “Vemos inúmeras crises matrimoniais, enfrentadas de maneira rápida, sem a coragem da paciência, da reflexão, do perdão mútuo, da reconciliação e até do sacrifício”, diz o material.

“O amor conjugal, único e indissolúvel, persiste, apesar das inúmeras dificuldades: é um dos mais belos milagres, mesmo que seja o mais comum”, afirmam os religiosos no documento, ressaltando o apoio que a família estável busca para seus membros em dificuldade.

Uma imagem é usada como símbolo do lar familiar, “a luz que brilha durante a noite por trás das janelas das residências modestas das periferias ou dos barracos”.

Refletindo a postura do Papa Francisco, o relatório final condena “o fetichismo do dinheiro” e menciona “as famílias pobres que se amontoam em um barco ou emigram pelos desertos”, “as mulheres submetidas à exploração”, “as crianças e as jovens vítimas de abusos” em suas próprias casas.

Em uma oração final, os bispos fazem referência ao direito a uma “casa para se viver em paz” e a um trabalho para “poder ganhar o pão com as próprias mãos”.

 

Mostrar mais

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo