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Morre o Cardeal Angelo Sodano

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Faleceu o cardeal Angelo Sodano, Secretário de Estado emérito e Decano emérito do Colégio Cardinalício, revelou o Vaticano, numa nota assinada pelo próprio Papa Francisco.

“O desaparecimento do Cardeal Angelo Sodano elevou na minha alma sentimentos de gratidão ao Senhor pelo dom deste estimado homem da Igreja, que viveu o seu sacerdócio com generosidade, primeiro na diocese Asti e depois, pela mais longa existência do seu serviço na Igreja da Santa Sé”, escreveu o Santo Padre.

O cardeal de 94 anos morreu em Roma, vítima de complicações provocadas pela Covid-19. A infeção provocada pelo vírus SARS-CoV-2, associada a outras doenças, complicou o estado de saúde do clérigo nos últimos dias, tendo falecido na sexta-feira.

Sodano foi secretário de Estado dos Papas João Paulo II, que o nomeou em 1991, e de Bento XVI que, em setembro de 2006, aceitou a sua renúncia.

Nascido em Isola d’Asti, na região do Piemonte no norte de Itália, em 23 de novembro de 1927, Sodano foi considerado um dos homens mais poderosos do Vaticano.

Foi secretário de Estado de 1991, com João Paulo II, até 15 de setembro de 2006, quando Bento XVI aceitou a sua demissão como chefe da diplomacia do Vaticano.

Em 21 de dezembro de 2019, renunciou ao cargo de reitor do Colégio dos Cardeais.

Antes de ser nomeado secretário de Estado, Sodano teve uma intensa carreira diplomática com cargos na nunciatura apostólica no Equador e depois no Uruguai.

Em 1977, foi nomeado núncio no Chile, um país sob a ditadura de Augusto Pinochet, e foi o arquiteto da viagem de 1987 de João Paulo II ao país.

O cardeal foi acusado no Chile de ter encoberto o abuso de menores cometido pelo padre Fernando Karadima, com quem tinha uma relação estreita, e de não ter denunciado as alegações das vítimas.

Após dez anos como núncio no Chile, em 1988, João Paulo II chamou-o para substituir o cardeal Achille Silvestini como secretário do então Conselho para os Assuntos Públicos da Igreja.

Um ano depois, assumiu as funções de secretário para as Relações com os Estados, dedicando-se em particular à Pontifícia Comissão para a Rússia, da qual foi presidente.

Assumiu as funções de secretário de Estado em 29 de junho de 1991, no dia seguinte à sua nomeação como cardeal.

Acompanhou João Paulo II em 54 viagens internacionais e permaneceu no cargo durante um ano após a eleição de Bento XVI, antes de se tornar reitor do colégio de cardeais durante vários anos.

Em 2010, o arcebispo de Viena, Christoph Schönborn, acusou Sodano de ter ofendido vítimas de abuso sexual e de ter encoberto a investigação de crimes cometidos pelo então chefe da diocese vienense, Hans Hermann Groër.

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