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Representante vaticano pede mais atenção às mulheres migrantes

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SALY, segunda-feira, 6 de dezembro de 2010. A comunidade internacional ainda não presta atenção suficiente a algumas questões fundamentais relacionadas à migração feminina, afirmou o presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes.

Dom Antonio Vegliò palestrou no fórum internacional organizado por Cáritas Internationalis sobre o tema “O rosto feminino da migração”, celebrado em Saly (Senegal), de 30 de novembro a 2 de dezembro.

O prelado afirmou que ainda não há leis universais que se imponham em favor da maternidade e que levem em conta que a mulher tem um jeito diferente de manejar as diferentes realidades.

Ele afirmou que a Igreja convida os governos a revisar as políticas e as normas que comprometem a tutela dos direitos fundamentais, “como a luta contra os abusos no trabalho, sobretudo os sexuais, o acesso aos serviços de saúde, a moradia, a nacionalidade, a reunificação familiar e a assistência às jovens mães”.

O prelado destacou as dimensões que a emigração feminina está tomando, cuja força de trabalho supera em alguns países a dos homens. 

Ele denunciou que “frequentemente elas são empregadas em trabalho ilegal, privadas dos direitos humanos fundamentais e às vezes sofrem abusos no âmbito doméstico”.

Dom Vegliò recordou ainda as mulheres que se prostituem. Os lucros anuais com a prostituição estimam-se ao redor de 12 bilhões de dólares, sendo a terceira atividade ilegal mais rentável do mundo, depois do comércio de armas e drogas.

Ele afirmou que cerca de 4 milhões de mulheres são vendidas anualmente para a prostituição ou escravidão, quase dois milhões são meninas entre 5 e 15 anos, envolvidas no comércio sexual.

Também destacou que “a maioria das mulheres migrantes carece do apoio de uma família normal; geralmente estão separadas, divorciadas ou viúvas”.

“Muitas delas cedem com relativa facilidade à prática do aborto, o que explica uma grande exposição aos traumas psíquicos”, continuou.

Ele acrescentou que os projetos e sonhos de criar uma família e ter filhos “infelizmente na migração se fazem cada vez mais difíceis, por causa da precariedade econômica e das repercussões da maternidade precoce.(Zenit)

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