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Jesuíta pede fim da omissão em casos de abuso

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Na semana passada, o papa Francisco nomeou os primeiros oito membros da Comissão de Proteção às Crianças, órgão instituído por ele para combater a pedofilia. Um desses integrantes é o jesuíta Humberto Miguel Yáñez, amigo de longa data do Pontífice e teólogo da Universidade Gregoriana. Em declaração à ANSA, o religioso disse que a Igreja Católica deve superar a "velha cultura da omissão" e começar a escutar as vítimas de abuso.

"É preciso denunciar os casos às autoridades civis e eclesiásticas, a recomendação inequívoca da Igreja é de colaborar com a justiça", afirmou. Yañez formará a comissão ao lado de outros três homens e quatro mulheres, incluindo o cardeal norte-americano Sean O'Malley, notório por combater a pedofilia nos Estados Unidos, e a irlandesa Maria Collins, que foi alvo de abusos quando jovem e se tornou uma das principais ativistas contra esse tipo de crime no mundo.

O grupo terá o dever de informar a situação das vítimas, sugerir medidas para serem adotadas e propor nomes de pessoas adequadas para a implantação sistemática destas novas iniciativas, incluindo laicos, religiosos e religiosas que tenham experiência no contato com as crianças abusadas e na aplicação de leis que protejam os menores de idade.

A comissão também deve instituir protocolos de segurança, códigos de conduta, o controle de antecedentes criminais e avaliações psiquiátricas para o ministério sacerdotal, além de colaborar com as autoridades civis para a identificação de possíveis crimes.

Recentemente, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um relatório em que acusa a Santa Sé de permitir o abuso sexual de milhares de crianças e de ser conivente com os responsáveis.

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