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Morre aos 73 anos o arcebispo Pietro Sambi, núncio apostólico para os Estados Unidos

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Pietro SambiO arcebispo Pietro Sambi, núncio apostólico para os Estados Unidos, faleceu em Baltimore, na costa leste do país, aos 73 anos. Segundo a Rádio Vaticana, a condição de saúde do sacerdote foi agravada com uma cirurgia feita no pulmão. Dom Sambi, que já havia cumprido o papel de núncio apostólico no Chipre e em Israel e de delegado apostólico para Jerusalém e para a Palestina entre 1998 a dezembro de 2005, foi lembrado pelo Patriarca Latino de Jerusalém, dom Fouad Twal.

Para o arcebispo responsável pela região, o ex-núncio "amou muito a Terra Santa e a Terra Santa amou muito ele". 

"A notícia me entristece enormemente. Nós o conhecemos e o amamos. Com relação a sua condição de saúde, pedimos orações a todos os fieis e a toda a comunidade eclesial e religiosa do Patriarcado. Agora a oração deve continuar ainda mais", atestou Twal. 

O tutor para a Terra Santa, padre Pierbattista Pizzaballa, definiu dom Sambi como "um homem puro, ativo, e poderá parecer estranho afirmar isso sobre um embaixador, mas pouco diplomático". 

"Por este seu modo de fazer, por sua franqueza, atraia muita simpatia", explicou. Em sua opinião, "com Sambi, a diplomacia vaticana na Terra Santa deu um grande salto de qualidade". 

Pizzaballa contou que o ex-núncio era "muito considerado tanto pelos palestinos como pelos israelenses" e esteve ativamente presente na época da Intifada, no cerco israelense à Basílica da Natividade, monastério franciscano em Belém onde se refugiaram palestinos em 2002, e em outros momentos históricos, como na visita de João Paulo II à região em 2000. 

Dom Sambi, segundo ele, também tinha "um profundo conhecimento da região" e foi "uma pessoa de grande devoção e fé que fez muito pela Igreja" Católica de Jerusalém, e "manteve suas ligações com a Terra Santa mesmo depois de ter assumido a cargo de núncio em Washington", finalizou. 

O arcebispo foi designado para representar a Santa Sé nos Estados Unidos em 17 de dezembro de 2005, além de observador permanente junto à Organização dos Estados Americanos (OEA). 

Ele desempenhou funções diplomáticas em Cuba (1974), Nicarágua (1979), Bélgica (1981), Índia (1984), Burundi (1985) e Indonésia (1991), além de Chipre e Israel a partir de 1998. 

Nos últimos tempos, seu nome era tido como um dos mais cotados para se tornar cardeal e assumir uma Cúria romana.

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