No Sínodo sobre as famílias, brasileiros falam de contracepção
Hermelinda e Arturo Zamperline, o casal brasileiro que participou do Sínodo sobre a Família nesta quinta-feira (9) no Vaticano, deram um depoimento sobre a vida e a responsabilidade educativa dentro dos princípios da doutrina da Igreja católica.
O casal começou a discussão falando sobre os métodos contraceptivos e sua relação com a Igreja nos dias de hoje e defendeu uma aproximação com a realidade atual. Os métodos contraceptivos naturais, aceitos pela Igreja "são bons, mas na cultural atual nos parecem sem praticidade e os casais católicos na sua grande maioria não rejeitam a utilização de outros métodos contraceptivos", disse o casal que está junto há 40 anos.
Em sua participação a dupla enfatizou a importância de se aproximar a doutrina da Igreja com a prática atual nos casamentos que segundo eles nos dias de hoje vive uma disparidade.
"Atualmente existe uma disparidade entre a doutrina moral e a práxis" na vida dos casais. A Igreja, muitas vezes expressa "conselhos contraditórios que agravam a confusão".
No final de sua participação os brasileiros se voltaram ao papa Francisco e aos bispos do Sínodo para pedir uma orientação que seja atualizada sem que comprometa os princípios do catolicismo.
"[Pedimos] uma orientação fácil e segura que responda as exigências do mundo atual e que, sem comprometer o núcleo essencial da moral católica, possa ser amplamente difundido", finalizou o casal.
O casal brasileiro de São José dos Campos foi convidado a participar do Sínodo, que começou dia 5 de outubro e se encerra dia 19, junto com mais quatro cardeais e um bispo do Brasil.
O Sínodo sobre a Família foi desejado pelo papa Francisco, que, desde que assumiu a liderança da Igreja Católica, em março de 2013, tem se mostrado disposto a aberturas na Igreja Católica.
