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ONU analisa relatório do Vaticano sobre tortura

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O Comitê das Nações Unidas Contra a Tortura examina entre hoje e amanhã, em Genebra, o relatório da Santa Sé sobre a Convenção Internacional de 1984. Trata-se do primeiro relatório apresentado pela Santa Sé desde quando aderiu à convenção, em 22 de junho de 2002, em nome da Cidade do Vaticano. Dez especialistas independentes do comitê da ONU são encarregados de avaliar periodicamente o cumprimento da Convenção Internacional contra a Tortura, assinado por 155 países. Além do relatório da Santa Sé, os especialistas analisarão desta vez os documentos apresentados por Uruguai, Tailândia, Serra Leoa, Guiné, Montenegro, Chipre e Lituânia. Associações de vítimas de crime de pedofilia querem introduzir o tema na convenção. No entanto, o Vaticano considera o gesto uma "iniciativa ideológica, instrumental e forçada".

"A introdução de outros temas além dos abordados pela convenção reduz o seu objetivo original e coloca em risco a situação dos que são abusados ou torturados", respondeu o monsenhor Silvano Maria Tomasi, representante do Vaticano na ONU. "A Santa Sé considera a Convenção Contra a Tortura um instrumento válido para combater atos que constituem uma grave ofensa à dignidade humana", disse o religioso. Tomasi também destacou que a convenção vale para a Cidade do Vaticano e que a Santa Sé "não tem jurisdição" sobre "cada membro da Igreja Católica". "As pessoas que vivem em um país devem ser submetidas às leis legítimas das autoridades daquele país".

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