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Papa celebra missa da Epifania

Paramentos Litúrgicos

CIDADE DO VATICANO. O papa Bento XVI, ao comandar  a tradicional Solenidade da Epifania do Senhor, na Basílica de São Pedro, defendeu os ensinamentos da Bíblia, além de contestar as teorias científicas que questionam Deus e a origem do Universo. 

 As Escrituras Sagradas, "este tesouro riquíssimo e vital para a fé da Igreja", não podem ser "consideradas objeto de estudo e discussão dos especialistas", mas devem ser vistas como "o Livro que indica o meio para alcançar a vida", disse o Pontífice durante a celebração que, para os católicos, marca a visita dos três Reis Magos ao menino Jesus.

Neste sentido, Bento XVI pediu aos cristãos que fiquem atentos aos sinais de Deus, assim como o fizeram os reis Belchior, Gaspar e Baltazar que, para chegar a Belém, foram guiados por uma estrela. 

"A Palavra de Deus é a verdadeira estrela, que, na incerteza dos discursos humanos, nos oferece o imenso esplendor da verdade divina", continuou.

 "Talvez nós estejamos cegos frente aos seus sinais e surdos às suas palavras", declarou o Pontífice, fazendo uma comparação com a figura do rei Herodes, que, segundo o Evangelho, governava a Judéia na época do nascimento de Cristo e ordenou a morte de todos os meninos, pois a profecia revelara que "um menino estava destinado a ser o rei dos judeus". 
 Herodes era "um homem de poder, que só via um rival para combater" e "também Deus pode nos parecer um rival, até mesmo perigoso, que poderia privar os homens de seu espaço vital, de sua autonomia e poder", advertiu. 

"Quando Deus é visto desta forma, acabamos nos insatisfeitos e infelizes porque não permitimos que Ele nos guie, que é o fundamento de todas as coisas", complementou. 

 Joseph Ratzinger também defendeu a posição da Igreja em relação à origem do Universo, que "não é o resultado do acaso, como alguns querem acreditar". 

"Ao contemplá-lo, somos convidados a ver sua profundidade: a sabedoria do Criador, a incansável fantasia de Deus, o seu infinito amor por nós", argumentou. 

 "Não devemos permitir que nossas mentes sejam limitadas por teorias, cujo alcance é sim limitado, posto que não conseguem explicar o sentido da realidade", advertiu. 

 A celebração da Epifania ocorre dias após o Natal e é considerada a maior manifestação de Deus ao mundo, na figura dos reis que vão adorar o menino Jesus na gruta de Belém. 

Três dias após esta solenidade, a Igreja celebra a festa do Batismo do Senhor. Tradicionalmente, nesta ocasião o Papa realiza a missa com o rito do batismo das crianças na Capela Sistina. 

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