Papa Francisco manifesta sua preocupação com a “tragédia humana” que vem acontecendo na Síria

O Papa manifestou no Vaticano a sua preocupação com a “tragédia humana” na Síria e renovou os seus apelos em favor de uma solução pacífica para o conflito no país do Médio Oriente.

“O meu pensamento vai em particular para a querida população síria, cuja tragédia humana apenas pode ser resolvida com o diálogo e a negociação, no respeito pela justiça e a dignidade de cada pessoa, especialmente dos mais pobres e indefesos”, disse, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, para a audiência pública semanal.

Francisco aludia à celebração do Dia Internacional da Paz, promovido anualmente pela ONU desde 1981 no 21 de setembro, associando-se ao apelo do Conselho Ecuménico das Igrejas para que os seus membros rezem por essa intenção.

“Convido os católicos de todo o mundo a unir-se a todos os outros cristãos para continuarem a implorar a Deus o dom da paz nos lugares mais atormentados do nosso planeta”, declarou o Papa, que a 7 de setembro convocou uma jornada mundial de oração e jejum pela Síria.

De acordo com as Nações Unidas, o conflito na Síria entre a oposição ao regime e o presidente al-Assad, fez mais de 100 mil mortos desde 2011 e cerca de dois milhões de refugiados.

Francisco deixou votos de que a paz “dom de Jesus” possa morar nos corações humanos e “apoiar os propósitos e ações dos responsáveis das nações e de todos os homens de boa vontade”.

“Empenhemo-nos todos em encorajar os esforços por uma solução diplomática e política dos focos de guerra que ainda são preocupantes”, acrescentou.

Na habitual catequese das quartas-feiras, o Papa falou da Igreja como uma “boa mãe” que acompanha os seus filhos de forma “compreensiva e misericordiosa”.

“A Igreja nunca fecha as portas; não julga, mas oferece o perdão de Deus, sem medo de entrar na noite de seus filhos, para lhes dar esperança”, referiu, antes de convidar os presentes, em particular as mães, a confiar na “força da oração da Igreja”.

Francisco deixou uma saudação aos participantes de língua portuguesa, em particular aos peregrinos vindos de Portugal guiados pelos Carmelitas Descalços.

“O Senhor vos abençoe, para serdes em toda a parte farol de luz do Evangelho para todos. Possa esta peregrinação fortalecer, nos vossos corações, o sentir e o viver com a Igreja. Nossa Senhora acompanhe e proteja a vós todos e aos vossos entes queridos”, disse.