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Papa Francisco se queixa de resistências dentro do Vaticano

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O papa Francisco começa a fazer suas reformas no Vaticano. Mas admite: tem encontrado resistências dentro da Santa Sé para estar mais próximo da comunidade e romper o isolamento de séculos dos papas. A confissão foi feita em uma conversa que o pontífice manteve com um ex-aluno e amigo, Jorge Milia, que optou por publicar a conversa em seu blog.

"Não tem sido fácil", teria declarado Francisco a seu amigo e ex-aluno no que se refere a seu esforço por estar mais próximo das pessoas e da comunidade cristã. "Aqui existem muitos patrões do papa e com mais tempo de serviço", disse.

Segundo Milia, Francisco reconheceu que cada uma das mudanças que vêm introduzindo "custaram esforços", inclusive inimigos.

"Entre esses esforços, o maior deles teria sido o de não aceitar que sua agenda fosse ditada pela Secretaria de Estado do Vaticano. "Por isso não quis viver no Palácio, porque muitos papas terminaram convertendo-se em prisioneiros de seus secretários."

Segundo ele, os papas estiveram isolados durante séculos e isso não é bom. "O lugar do pastor é com suas ovelhas", declarou. Já nos dias que se seguiram à sua eleição, Francisco quebrou protocolos ao sair aos portões do Vaticano para saudar pessoalmente os fiéis, foi buscar sua mala e pagou a conta no hotel onde estava.

Parte da conversa revelou a admiração de Francisco por Bento XVI. A renúncia criou uma situação inédita, com dois papas vivendo dentro dos muros do Vaticano e levantando especulações de que o alemão continua a ditar certas regras. Mas Francisco fez questão de abafar qualquer suspeita de mal-estar e chama Bento XVI de "el viejo", uma forma carinhosa usada na argentina para se referir a pessoas mais idosas da família. "Hoje estive com 'el viejo'. Falamos muito. Para mim é um prazer trocar ideias com ele", declarou Francisco.

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