Presidente da CNBB espera que Papa Francisco se pronuncie contra casamento gay na JMJ
O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) considerou provável que o papa Francisco se pronuncie contra os casamentos homossexuais durante a Jornada Mundial da Juventude, que terá lugar no Rio do Janeiro.
Em entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo", a poucos dias da chegada do papa Francisco ao Brasil, o cardeal Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB, considerou "possível" que papa aborde temas polêmicos durante a sua visita, salientando que, se o fizer, certamente "não será conivente" com comportamentos "que se opõem aos valores morais e aos ensinamentos éticos da Igreja".
"Não podemos equiparar um casamento entre duas pessoas do mesmo sexo com outro entre um homem e uma mulher. Não é mesma coisa. Com todo respeito aos que optam por esse caminho", afirmou o responsável.
O cardeal Raymundo Damasceno Assis garantiu que a Igreja Católica não pretende discriminar ninguém, apesar de não concordar com determinados comportamentos da atualidade, como o casamento homossexual, a eutanásia e o divórcio.
A Igreja, sustentou o presidente da CNBB, também "não pode aprovar a eutanásia, porque a vida é um dom de deus", nem considerar que o divórcio seja um caminho normal, embora "respeite quem tomar essa [última] opção".
Em meados de maio, o Brasil seguiu os passos de Argentina e Uruguai ao legalizar casamento entre pessoas do mesmo sexo.