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SÍNODO DOS BISPOS 2012: Igreja aponta os “católicos inativos” como um dos alvos prioritários

Paramentos Litúrgicos

O Sínodo dos Bispos que está acontecendo no Vaticano apontou os “católicos inativos” como um dos alvos prioritários da ação da Igreja, após quase duas semanas de debate sobre o tema da nova evangelização.

Os mais de 260 participantes na assembleia consultiva convocada pelo Papa – um número recorde – reuniram-se em 18 ‘congregações gerais’ desde o dia 8 deste mês e preparam agora a mensagem final que vão dirigir a toda a Igreja e as propostas que vão entregar a Bento XVI, até ao próximo dia 28.

O relatório que reúne as intervenções dos presentes fala na necessidade de uma “ação intencional e deliberada” em relação aos católicos que não participam na vida da comunidade e aos que “estão longe da Igreja”.

A 13ª assembleia geral ordinária do Sínodo dos Bispos, um organismo criado por Paulo VI em 1965, tem como tema ‘A nova evangelização para a transmissão da fé cristã’.

Segundo o relator geral do encontro, cardeal Donald William Wuerl, arcebispo de Washington (EUA), os trabalhos traçaram o retrato de um “tempo de desafios” em culturas “atingidas pelo processo de secularização” e pela “indiferença religiosa”.

“A Igreja deve enfrentar os desafios de um mundo que procura noutros locais as suas fontes de inspiração”, assinalou.

Os bispos do Porto e de Lamego, representantes portugueses, intervieram no Sínodo para pedir mudanças na presença e atuação da Igreja Católica.

D. Manuel Clemente, vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, afirmou que o tema em debate desafia à “redescoberta e aprofundamento da novidade constante de Cristo, nas atuais circunstâncias da Igreja e do mundo”.

D. António Couto, presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização, afirmou por sua vez que a Igreja “deverá ter a dinâmica das primeiras comunidades cristãs”, como um “átrio permanente da fraternidade aberta ao mundo”.

Os trabalhos prosseguiram, na presença do Papa, com a apresentação perante a assembleia das sínteses dos chamados “círculos menores”, que reúnem os participantes em grupos linguísticos.

Segundo o portal de notícias do Vaticano, os bispos esperam que os católicos consigam “manifestar a esperança num mundo em crise” e que os políticos, em particular, atuem segundo “uma consciência reta”.

Os participantes sublinharam a necessidade de mudança, no seio da Igreja, com reconhecimento dos erros cometidos, e pediram que a nova evangelização tenha um olhar ecuménico e inter-religioso.

A assembleia sinodal tem sido marcada pela diversidade de temas e preocupações apresentadas, da secularização e relativismo na sociedade à imagem que os media transmitem da Igreja, passando por questões ligadas à liturgia e sacramentos, formação do clero, organização territorial, imigração, família, arte, cultura e direitos humanos.

Um grupo de representantes do Sínodo e da diplomacia da Santa Sé vai visitar a Síria, na próxima semana, para manifestar a solidariedade dos bispos e do Papa.

O secretário-geral do organismo, D. Nikola Eterović, anunciou que foi aberta uma conta bancária para recolha de donativos, que a delegação vai depois entregar em Damasco.

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