Últimas Notícias

Sínodo dos Bispos defende inclusão de divorciados na Igreja Católica

Paramentos Litúrgicos

O relator-geral do Sínodo dos Bispos sobre a Família, cardeal Peter Erdo, defendeu nesta segunda-feira (6) que os divorciados pertencem à Igreja Católica.

"Os divorciados que se casaram novamente no civil pertencem à Igreja, têm necessidade e direito de serem acompanhados por seus pastores", disse Erdo, ao apresentar o "Relatio ante Disceptationem", documento que antecede os debates dos bispos. O texto foi redigido em colaboração com padres que enviaram suas propostas sobre o tema "família" aos organizadores do evento, iniciado ontem no Vaticano e que durará até o dia 19 de outubro.

O relatório, em geral, defende que a Igreja precisa ficar ao lado de "quem foi ferido pela vida" e dá amplo destaque para o caso dos casais divorciados.

"Em cada igreja deve haver um sacerdote 'devidamente preparado', que possa previa e gratuitamente aconselhar os casais sobre a validez de sua união. Depois do divórcio, esta verificação deve prosseguir no contexto de um diálogo pastoral sobre as causas do fracasso do matrimônio precedente, identificando as razões da nulidade. Se tudo isso se der na seriedade e na busca da verdade, a declaração de nulidade libertará as consciências de ambas as partes", disse o documento. Dessa forma, o Sínodo deve analisar a hipótese de que bispos diocesanos possam formular uma declaração de nulidade matrimonial, em via extrajudicial.

O Sínodo sobre a Família foi desejado pelo papa Francisco, que, desde que assumiu a liderança da Igreja Católica, em março de 2013, tem se mostrado disposto a aberturas na Igreja Católica. Atualmente, a Igreja Católica proíbe os casais divorciados ou recasados de receberem os sacramentos, como confissão, batismo ou comunhão. 

Mostrar mais

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo