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SOBRE A SAGRADA COMUNHÃO NA MÃO

Paramentos Litúrgicos

No documento INAESTIMABILE DONUM, de 1980, aprovado pelo Papa João Paulo II, lemos: "Para que o coração possa se curvar diante de DEUS, em reverência profunda, a GENUFLEXÃO deve ser cuidadosa". O Papa São Pio X, diz: "A pessoa pode esperar de pé por símbolos e promessas, mas diante da realidade que é DEUS presente na EUCARISTIA, a pessoa DEVE RECEBER COM CARINHO E DE JOELHOS!” finaliza o Papa Santo. A genuflexão humilha somente quem não crê, e sobretudo quem não ama, porque exatamente o amor se alegra de não poder igualar, nem compreender toda a grandeza e os merecimentos da pessoa amada.

Portanto, ninguém pode proibir a um Católico, de receber a Santa Eucaristia, de joelhos e diretamente na boca. A comunhão na boca é direito verdadeiro e próprio do fiel, ao passo em que a comunhão na mão é mero indulto. A maneira que os fiéis recebem a Sagrada Comunhão mostra se a Sagrada Comunhão é, para eles, não só a realidade mais sagrada, mas, a mais amada, e nela veem a Pessoa mais sagrada. A Igreja Romana no século VI distribui a Hóstia Sagrada diretamente na boca, como testemunhado em uma obra do Papa Gregório Magno (Diálogo, página 3). Na Idade Média os fiéis começaram a receber o Corpo de Cristo de joelhos, em uma expressão exteriormente mais clara de adoração (São Columbano, em sua obra “Regula coenobialis”, página 9).

Esta prática moderna de Comunhão na mão, difere essencialmente do rito análogo dos primeiros séculos, como descrito acima.

Nesta prática ocorrem as quatro seguintes deploráveis manifestações:

1. Na prática moderna de Comunhão na mão há quase uma ausência de qualquer sinal de adoração;

2. Um gesto igual ao se lidar com alimentos comuns, ou seja: recolher com os próprios dedos a Sagrada Hóstia na palma da mão esquerda e levá-la por si mesmo à boca. A prática habitual de tal gesto faz com que, em um grande número de fiéis, especialmente em crianças e adolescentes, a percepção de que na Sagrada Hóstia não está presente a Divina Pessoa de Cristo, mas um símbolo religioso, uma vez que tratam a Hóstia Sagrada exteriormente da mesma maneira como tratam um alimento comum: tocando-o com seus próprios dedos e levando a comida com os dedos à própria boca;

3. A perda de numerosos fragmentos da Sagrada Hóstia: pequenos fragmentos caem frequentemente no espaço entre o ministro e o comungante por falta do uso da patena. Muitas vezes, ficam fragmentos da Sagrada Hóstia na palma e nos dedos da pessoa que recebe a comunhão e depois caem. Frequentemente, estes numerosos fragmentos caem no chão onde são pisoteados pelas pessoas que não percebem esses fragmentos;

4. O crescente roubo de Hóstias Sagradas, uma vez que a forma de a receber diretamente com a própria mão facilita enormemente o roubo.

Além disso “Se alguém nega que no venerável Sacramento da Eucaristia está contido Cristo inteiro sob cada uma das espécies e sob cada uma das partes de qualquer das espécies feita a separação, seja anátema”, ensina de forma dogmática, o Concílio de Trento.

Qual é o problema DELE com a comunhão na mão? Oras, como já disse, está dogmaticamente definido no Concílio de Trento que em cada partícula da Sagrada Hóstia está Jesus Cristo em Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Portanto, se uma partícula por minúscula que seja cai no chão, é como se caísse a Hóstia inteira. E se caem partículas ao solo deve-se acreditar dogmaticamente que é o próprio Jesus Cristo, seu Corpo e Sangue, quem está no chão. Então, se nós pisamos sobre estas partículas estamos pisando sobre Jesus Cristo. Sim, vamos repetir: ESTAMOS CALCANDO JESUS CRISTO SOB NOSSOS PÉS.

Agora é fácil compreender o Amor que supõe a Eucaristia, onde Jesus foi exposto a ser o mais frágil, mesmo correndo o risco de ser pisoteado indignamente numa segunda Paixão silenciosa e invisível, mas, nem por isso, menos cruel. E é fácil entender o quanto respeito e cuidado deveríamos tratar Jesus Eucarístico diante de sua posição voluntária de fragilidade e exposição, à qual estamos obrigados de modo absoluto e inexcusável, sem que possa haver nenhum EU que valha, nossa única obrigação é a de protegê-LO, contra tudo e contra todos, mesmo à custa da nossa honra ou posição.

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