Vaticano nega envolvimento em escândalo com o banco “Monte dei Paschi di Siena”
O porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi, negou que o banco vaticano Instituto para as Obras de Religião (IOR) esteja envolvido no escândalo do banco Monte dei Paschi di Siena (MPS).
"Nunca aconteceram reuniões no IOR sobre a questão do banco Antonveneta", disse Lombardi, em se referindo aos boatos publicados pelo jornal italiano Corriere della Sera, segundo os quais o IOR teve um envolvimento direto na venda do Antonveneta, comprado em 2007 pela MPS do Santander por € 9 bilhões, sendo que o valor avaliado era de € 6,6 bilhões.
As autoridades judiciárias italianas suspeitam de uma possível fraude na operação, realizada para ocultar propinas e outras atividades ilegais.
Para concretizar a compra do Antonveneta, o Monte dei Paschi enfrentou custos muito elevados, acumulando as dívidas que colaboraram para provocar a atual crise do grupo.
O IOR, conhecido como o "Banco Central do Vaticano", é a instituição financeira ligada à Santa Sé que administra o patrimônio do Estado vaticano.
