O papa Francisco determinou a mudan\u00e7a da denomina\u00e7\u00e3o de “Arquivo Secreto Vaticano” para “Arquivo Apost\u00f3lico Vaticano”, por considerar que a palavra “secreto” se tornou “prejudicial”.<\/p>\n

“Com as progressivas mudan\u00e7as sem\u00e2nticas que ocorreram nas l\u00ednguas modernas e nas culturas e sensibilidades sociais de diferentes na\u00e7\u00f5es, em maior ou menor grau, o termo Secretum, vinculado ao Arquivo do Vaticano, come\u00e7ou a ser mal compreendido, colorido em tons amb\u00edguos, at\u00e9 negativos”, escreveu o Pont\u00edfice, numa carta apost\u00f3lica divulgada pela Santa S\u00e9.<\/p>\n

O ‘motu proprio’ “A experi\u00eancia hist\u00f3rica”, assinado em 22 de outubro, refor\u00e7a que a palavra original latina, ‘secretum’, remetia para a dimens\u00e3o de “privado, reservado”.<\/p>\n

“Tendo perdido o verdadeiro significado do termo ‘secretum’ e associando instintivamente o seu valor ao conceito expresso pela moderna palavra ‘secreto’, em algumas \u00e1reas e ambientes, mesmo de certa import\u00e2ncia cultural, essa express\u00e3o assumiu o sentido prejudicial de estar oculto, de n\u00e3o ser revelado e ser reservado para poucos”, acrescentou o l\u00edder argentino. Segundo Francisco, a altera\u00e7\u00e3o atende a um pedido de bispos e colaboradores pr\u00f3ximos, mas foi validada pelos “superiores do mesmo arquivo”. A cole\u00e7\u00e3o de documentos, pergaminhos e pap\u00e9is que datam dos anos 700 \u00e9 considerada um dos principais e mais importantes centros de pesquisa do mundo. A mudan\u00e7a, segundo Jorge Bergoglio, foi necess\u00e1ria porque “a experi\u00eancia hist\u00f3rica ensina que toda institui\u00e7\u00e3o humana, tamb\u00e9m nascida com as melhores prote\u00e7\u00f5es e com esperan\u00e7as vigorosas e bem fundamentadas de progresso, fatalmente tocadas pelo tempo, apenas para permanecer fiel a si mesma e aos objetivos ideais de sua natureza, sente a necessidade, n\u00e3o j\u00e1 mudando sua apar\u00eancia, mas transpondo seus valores inspiradores em diferentes \u00e9pocas e culturas e fazendo as atualiza\u00e7\u00f5es que s\u00e3o convenientes e \u00e0s vezes necess\u00e1rias”. O l\u00edder cat\u00f3lico ainda refor\u00e7a que a identidade da institui\u00e7\u00e3o passa por “servir a Igreja e a Cultura”. De acordo com ele, o Arquivo do Vaticano conserva “os documentos relativos ao governo da Igreja, para antes de tudo estarem \u00e0 disposi\u00e7\u00e3o da Santa S\u00e9 e da C\u00faria no desempenho do pr\u00f3prio trabalho, e para que depois, por concess\u00e3o pontif\u00edcia, possam representar para todos os estudiosos de hist\u00f3ria fontes de conhecimento, mesmo profano, daquelas regi\u00f5es que h\u00e1 s\u00e9culos est\u00e3o intimamente ligadas com a vida da Igreja”.<\/p>\n

Os Arquivos Secretos do Vaticano cont\u00eam milh\u00f5es de documentos acumulados em 12 s\u00e9culos, sendo o mais antigo conservado o ‘Liber Diurnus Romanorum Pontificum’, livro de f\u00f3rmulas da chancelaria pontif\u00edcia do s\u00e9culo VIII.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

O papa Francisco determinou a mudan\u00e7a da denomina\u00e7\u00e3o de “Arquivo Secreto Vaticano” para “Arquivo Apost\u00f3lico Vaticano”, por considerar que a palavra “secreto” se tornou “prejudicial”. “Com as progressivas mudan\u00e7as sem\u00e2nticas que ocorreram nas l\u00ednguas modernas e nas culturas e sensibilidades sociais de diferentes na\u00e7\u00f5es, em maior ou menor grau, o termo Secretum, vinculado ao Arquivo …<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":11465,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_seopress_robots_primary_cat":"none","_seopress_titles_title":"","_seopress_titles_desc":"","_seopress_robots_index":"","footnotes":""},"categories":[28],"tags":[3204,3205,1130],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.catolicismoromano.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/11460"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.catolicismoromano.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.catolicismoromano.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.catolicismoromano.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.catolicismoromano.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=11460"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/www.catolicismoromano.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/11460\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.catolicismoromano.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media\/11465"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.catolicismoromano.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=11460"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.catolicismoromano.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=11460"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.catolicismoromano.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=11460"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}