O L'Osservatore Romano, órgão oficial da Santa Sé, publicou um extenso artigo do crítico de arte italiano Sandro Barbagallo, que propõe a redescoberta do aspecto religioso da vida e obra de Andy Warhol, uma das facetas menos conhecidas do pintor americano que inventou a Arte Pop.<\/p>\n
Barbagallo parte das pesquisas do francês Alain Cueff, que afirma que "hoje estamos acostumados a ver a arte do século XX como uma arte que renunciou ao sagrado", segundo a ideia de que "a vanguarda foi construída contra uma tradição, na qual a arte e a religião estavam frequentemente vinculadas". <\/p>\n
"Poucos sabem que o 'pai' da Pop Art não era só um dandy anti-burguês, mas também um homem profundamente religioso, dedicado à oração e às obras beneficentes", recorda Barbagallo, que reconstrói a biografia de Warhol.<\/p>\n
Nascido em Pittsburgh (Pensilvânia) em uma família de emigrantes de etnia rutena provenientes do então império austro-húngaro, atual Eslováquia, Andrew Warhola (seu nome verdadeiro) sempre manteve laços com a religião praticada pelos seus pais na Igreja Católica Bizantina Rutena, uma das comunidades cristãs orientais que manteve sua adesão à Igreja de Roma.<\/p>\n
Em sua cidade natal, diz o crítico italiano, os Warhola "frequentam regularmente a igreja bizantina de São João Crisóstomo, onde seus filhos foram batizados" e é onde o futuro Andy descobre que esse templo, "como todas as igrejas ortodoxas, é dominado por iconostácios, com uma sequencia de ícones em vários níveis".<\/p>\n
"A visão destes iconostácios teve uma grande influência sobre Warhol. De fato, a repetição em série e em vários níveis se tornou um dos traços característicos do seu trabalho", comenta Barbagallo.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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