É preciso corrigir uma imprecisão jurídica do Prof. Roberto de Mattei que, embora erudito, não é especialista em direito canônico.<\/p>\n

O Papa, uma vez eleito, nunca deixa de ser Papa, mesmo depois da renúncia. Ele continuará se chamando Sua Santidade, Papa Bento XVI, mas não exercerá o pontificado. Endossará o hábito pontifício, terá os privilégios diplomáticos… mas será emérito, ou seja, não exercerá poder de jurisdição (perde a infalibilidade pontifícia, por exemplo).<\/p>\n

Assim como um arcebispo quando renuncia continua sendo arcebispo emérito de tal lugar; ele continuará sendo Papa, mas sem exercício do poder papal, emérito.<\/p>\n

Quando morrer, terá direito a funerais papais (cujos detalhes, neste caso, deverão ser dispostos por ele em testamento ou, caso não o faça, pelo seu sucessor).<\/p>\n

Se um outro Pontífice quiser adotar o nome de Bento, terá de ser XVII; e, sobre a sua tumba de Ratzinger, constará seu nome, Bento XVI.<\/p>\n

A renúncia equivale a uma antecipação jurisdicional da morte, mas nem a morte tira ao papa suas honras papais. Continua sendo chamado e tratado como tal.<\/p>\n

Ao pontificado legítimo nunca existe nenhum tipo de retrocesso. A renúncia não equivale a uma auto-deposição, mas apenas à abdicação da cátedra.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

É preciso corrigir uma imprecisão jurídica do Prof. Roberto de Mattei que, embora erudito, não é especialista em direito canônico. O Papa, uma vez eleito, nunca deixa de ser Papa, mesmo depois da renúncia. Ele continuará se chamando Sua Santidade, Papa Bento XVI, mas não exercerá o pontificado. Endossará o hábito pontifício, terá os privilégios …<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_seopress_robots_primary_cat":"","_seopress_titles_title":"","_seopress_titles_desc":"","_seopress_robots_index":"","footnotes":""},"categories":[36],"tags":[],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.catolicismoromano.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3567"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.catolicismoromano.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.catolicismoromano.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.catolicismoromano.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.catolicismoromano.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=3567"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/www.catolicismoromano.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3567\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.catolicismoromano.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=3567"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.catolicismoromano.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=3567"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.catolicismoromano.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=3567"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}