Últimas Notícias

Papa Francisco recorda legado do cardeal italiano Carlo Maria Martini

Paramentos Litúrgicos

O Papa recordou hoje o legado do cardeal italiano Carlo Maria Martini, na véspera do primeiro aniversário da morte do prelado.

De acordo com a Rádio Vaticano, durante um encontro com membros da “Fundação Carlo Maria Martini”, instituição estabelecida para continuar o trabalho do antigo arcebispo de Milão, Francisco destacou o seu contributo para o aprofundamento e conhecimento da Bíblia e também a sua “espiritualidade e vida de fé”.

Carlo Maria Martini, que faleceu a 31 de agosto de 2012, aos 85 anos, especializou-se no estudo da Bíblia, tendo sido diretor do Instituto Pontifício Bíblico e reitor da Universidade Pontifícia Gregoriana, em Roma.

O arcebispo ligado à Companhia de Jesus foi o único católico a integrar o comité ecuménico internacional que preparou a nova edição grega do Novo Testamento, um facto que está em destaque na biografia oficial disponibilizada pelo Vaticano.

Eleito por João Paulo II para liderar a Arquidiocese de Milão, a 29 de dezembro de 1979, D. Carlo Martini foi ordenado bispo a 6 de janeiro do ano seguinte, no Vaticano; o mesmo Papa polaco criou-o cardeal em fevereiro de 1983.

Entre as iniciativas que levou a cabo nesta diocese destacaram-se a ‘Escola da Palavra’, para aproximar os leigos da Bíblia, e a ‘Cátedra dos não crentes’, uma série de encontros para pessoas “em busca da verdade”.

Entre 1987 e 1993 foi presidente do Conselho das Conferências Episcopais Europeias (CCEE).

O cardeal italiano recebeu o prémio Príncipe das Astúrias em Ciências Sociais no dia 27 de outubro de 2000.

D. Carlo Maria Martini foi autor de vários livros sobre temas bíblicos e de espiritualidade, para além da obra ‘Em Que Crê Quem Não Crê?’, um colóquio, através de cartas, com o autor e intelectual italiano Umberto Eco.

A última obra assinada pelo cardeal, ‘Il Vescovo’ (o bispo), deixa como conselho aos responsáveis pelas dioceses que apostem “na formação interior, no gosto e no fascínio pela Sagrada Escritura”, apresentando as “motivações positivas” do “agir segundo o Evangelho”.

Durante a reunião com os membros da Fundação Carlo Maria Martini, o Papa, também ele jesuíta, partilhou as suas memórias acerca do cardeal, “particularmente o seu discurso sobre fé e justiça durante a Congregação Geral da Companhia de Jesus em 1974”.

“Francisco definiu Martini como um profeta da paz e encorajou a Fundação a continuar o seu trabalho, como um filho que continua a obra do seu pai”, adianta o serviço informativo da Santa Sé.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo