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Vaticano lamenta decisão de Tribunal Europeu dos Direitos Humanos no caso do bebé Charlie Gard

Paramentos Litúrgicos

As máquinas que mantêm vivo o bebé Charlie Gard, foram desligadas sem autorização dos seus pais, na Inglaterra, uma decisão que o Vaticano já lamentou.

Connie Yates e Chris Gard viram a intenção de levar o seu filho para os EUA, para um tratamento experimental, travada pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, que deu razão aos especialistas que sustentam o desligamento das máquinas para não provocar mais sofrimento da criança, de 10 meses.

D. Vincenzo Paglia, presidente da Academia Pontifícia para a Vida (Santa Sé), lançou um apelo em favor do respeito pela vontade dos pais, sublinhando que este caso “toca” as pessoas pela sua dimensão de “dor e de esperança”.

“Não se pode nunca levar a cabo algum gesto que termine intencionalmente uma existência humana, incluindo a suspensão da alimentação e da hidratação”, assinalou o arcebispo italiano.

Para este responsável, é necessário também ter noção dos “limites do que é possível fazer”, em termos médicos, num “serviço ao doente que deve prosseguir até à morte natural”.

D. Vincenzo Paglia pede que seja “respeitada e ouvida a vontade dos pais” e que, ao mesmo tempo, eles recebam ajuda para “reconhecer a gravosa peculiaridade da sua condição, de tal forma que não podem ser deixados sozinhos para tomar decisão tão dolorosas”.

“Quando a aliança terapêutica entre paciente (neste caso os seus pais) e médicos se interrompe, tudo se torna mais difícil e somos obrigados a percorrer a posição extrema da via jurídica, com os riscos de instrumentalizações ideológicas e políticas”, adverte o responsável da Santa Sé.

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