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Papa Bento XVI nega que roubar e mentir sejam da natureza humana

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O papa Bento XVI disse, durante um encontro com membros do clero de Roma, que roubar e mentir são ações que não podem ser justificadas como fraquezas humanas.

 

"Não se diga mais que 'mentiu, é humano; roubou, é humano", afirmou o pontífice, falando de improviso no tradicional encontro que ocorre a cada início do período da quaresma.

 

De acordo com o chefe máximo da Igreja Católica, "o verdadeiro ser humano" significa "ser generoso, buscar a justiça, a prudência, a sabedoria para ser a imagem de Deus", porque "o pecado não é nunca solidariedade, é sempre a falta de solidariedade".

 

Bento XVI explicou ainda que o sacerdote "deve ser homem, viver a verdadeira humanidade e o humanismo, ter a formação das virtudes, desenvolver sua inteligência, seus afetos", para que os que estiverem "feridos pelo pecado" "saiam do obscurantismo da própria natureza" com a ajuda de Cristo.

 

O papa também discursou sobre a obediência, comentando que esta palavra "não agrada no nosso tempo" por ser lida "como uma imposição dos outros sobre nossa vontade". De acordo com ele, porém, esta condição está ligada à liberdade.

 

"A vontade de Deus não é tirânica, não está fora do nosso ser", afirmou o pontífice, explicando que ignorar os desígnios sagrados é a real alienação. "A obediência a Deus é a verdadeira liberdade porque é a divinização do nosso ser", acrescentou.

 

Ainda na conversa com os sacerdotes romanos, Bento XVI comentou que o paganismo contribuiu para indicar a estrada para Deus, ao lembrar da figura de Melquisedeque, presente no Antigo Testamento, que teria acolhido Abraão oferecendo-lhe pão e vinho.

 

"Melquisedeque é um dos santos pagãos antigos", recordou o papa, e "nos mostra que também do paganismo prossegue o caminho até Cristo".

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