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“Às vezes, sinto raiva, mas não mordo”, diz Papa Francisco às crianças

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O papa Francisco participou de uma "sabatina" durante um encontro com os Pueri Cantores, os grupos de corais infantis que participam das celebrações vaticanas, e mostrou – mais uma vez – seu jeito carismático e divertido.

Ao ser questionado se "ficava com raiva de algo", o Pontífice afirmou que isso acontece. "Sinto raiva, mas não mordo. Às vezes, fico com raiva quando alguém faz algo que não está certo, mas aí eu paro e penso nas vezes que eu também deixei os outros bravos", disse nesta quinta-feira (31), aproveitando para dar um conselho.

"A raiva é venenosa e envenena a alma. Ficar com raiva é uma coisa que faz mal não só para as outras pessoas, mas a si mesmo.

Tem gente que tem a alma amarga porque vivem sempre com raiva.

Parece que escovam os dentes com vinagre em todas as manhãs.

Isso é uma doença", falou aos pequenos. Para Francisco, é algo normal "se algo acontece de errado, ficar nervoso". Mas, ele afirmou que "ter o hábito de viver assim, de gritar aos outros, é um veneno".

O sucessor de Bento XVI também foi perguntado se sabia cantar e arrancou risos da plateia. "Eu gosto de ouvir os outros cantarem, mas eu pareceria um asno cantando porque não sei cantar, nem falar bem porque tenho um defeito no modo de falar, na fonética. Mas gosto muito de ouvir cantos", revelou.

Segundo o Sumo Sacerdote, o hábito de gostar de música foi fomentado por sua mãe, já que ouvia muitas canções clássicas desde pequeno. Contando uma história de sua infância, o Papa argentino disse que sua mãe colocava ele e seus irmãos "às 14h, sentados em frente ao rádio, para ouvir a transmissão de uma ópera".

Ressaltando a importância do projeto, o líder católico disse que o "canto educa e faz bem a alma". "Por exemplo, quando a mãe quer colocar o filho para dormir, ela canta e o bebê fica tranquilo e dorme. Santo Agostino disse um frase muito bonita falando da alegria da vida cristã: cante e caminhe", destacou.

O latino-americano voltou a arrancar risos ao responder qual era a profissão dos seus sonhos quando criança.

"Se eu disser a verdade, vocês vão rir. Mas, vou falar. Quando era pequeno, eu ia ao mercado, mais com a minha avó do que com minha mãe, para fazer compras. Não tinha naquele tempo os grandes supermercados ou a televisão. O mercado ficava na beira da estrada e tinham locais que vendiam carne, as verduras, os peixes. Um dia, me perguntaram na mesa de refeições de casa: o que você quer fazer quando ficar grande? Sabe o que respondi? Açougueiro! Porque o açougueiro que havia nesse mercado usava a faca, fazia pedaços, era uma arte! Eu gostava de vê-lo", disse o Papa.

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