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Após cinco anos, Vaticano faz reunião com governo chinês

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Enquanto a atenção da imprensa está voltada ao Sínodo sobre a Família, que ocorre até outubro no Vaticano, a diplomacia da Santa Sé avança em um tema sensível: as relações com a China. De acordo com a agência asiática de notícia católica "Ucanews", pela primeira vez em cinco anos, ocorreu em Pequim um encontro entre uma deleção vaticana e representantes do governo chinês.

Apesar de não terem sido divulgados detalhes sobre os participantes e os assuntos discutidos, o especialista italiano Agostino Giovagnoli, da Universidade Católica do Sagrado Coração, afirmou que a reunião comprova que o pontificado de Francisco quer abranger as relações diplomáticas em todo o mundo. "Dos Estados Unidos à China, o olhar do Papa abraça um horizonte cada vez mais amplo e mostra uma Igreja verdadeiramente aberta que não quer se esquecer de ninguém e se interessa por todas as situações, inclusive as mais distantes e difíceis", disse Giovagnoli ao jornal católico "Avvenire". Recentemente, o cardeal e secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, havia dito que a situação com a China estava "madura ainda", mas "trabalhava lenta e discretamente para se chegar a um acordo". "No momento, porém, é impossível fazer previsões", comentou o responsável pela diplomacia da Santa Sé.

Em outubro, Parolin disse que Francisco tinha intenção de visitar a China e que, se fosse possível, "ele iria hoje mesmo".

A declaração veio dois meses depois do Vaticano nomear um novo bispo para o país, após três anos de silêncio. O padre Giuseppe Zhang Yinlin foi escolhido para assumir a diocese de Anyang, na província de Henan. A última ordenação episcopal tinha sido realizada em julho de 2012, quando o monsenhor Taddeo Ma Daqin se tornou bispo de Xangai.

Ambas nomeações aconteceram com um mandato papal e foram reconhecidas pelo governo chinês. Nos últimos anos, o Vaticano e a China enfrentaram momentos de tensão e distanciamento, como quando Pequim ordenou sacerdotes sem a aprovação da Igreja e impediu religiosos de exercerem suas funções.

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