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Líbia é agora uma “selva” onde guerreiam “inúmeros grupos”, diz padre missionário Amado Baranquel

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A imagem de uma densa e negra nuvem de fumaça saindo de uma bola de fogo no aeroporto de Trípoli e que se espalha sobre toda a cidade, dá uma boa ideia da situação de caos que reina neste momento na Líbia. Combates acontecem na capital, mas também em Benghazi, onde um avião militar caiu ontem. Fontes do País falam de milhares de líbios que já atravessaram a fronteira com a Tunísia para escapar de um conflito que parece sem fim. E depois há centenas de estrangeiros que abandonaram a Líbia, incluindo o Corpo Diplomático Inglês, Francês, Holandês, Alemão, canadense e americano.

Quem permanece no país é o Padre Amado Baranquel, missionário em Benghazi. "Há dois dias que estamos sendo bombardeados e temos confrontos – diz o sacerdote à Agência Misna -. Um avião militar caiu. Tornou-se cada vez mais perigoso movimentar-se.

Vive-se com medo e no caos total. Aqui as enfermeiras filipinas decidiram ir embora e o fato de que todos os estrangeiros estejam planejando deixar a Líbia é um sinal muito ruim".

Desde o último sábado há uma ofensiva em Benghazi dos grupos armados compostas por militantes islâmicos, entre os quais Ansar al-Sharia contra uma base militar da unidade das Forças especiais do exército, perto do centro. "As pessoas estão escondidas dentro de casa e em algumas áreas não há eletricidade", acrescenta o padre Amado Baranquel, falando de uma situação "insustentável" e "fora de controle", uma "verdadeira selva", na qual quem comanda são “vários grupos que ditam as leis".

Fora de controle é a situação também em Tripoli, onde não se apagam as chamas do incêndio nos dois enormes depósitos de combustível, perto do aeroporto, por semanas objeto de um conflito entre as milícias de Zintan e as de Misurata. Teme-se um desastre ambiental, porque a poucos quilômetros do incêndio há um maxi-gasômetro onde estão armazenados 90 milhões de litros de gás líquido.

 

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