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“Sabíamos que Bento XVI podia renunciar”, diz porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi

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As pessoas mais íntimas do papa emérito Bento XVI já tinham notado que ele pensava em renunciar ao Pontificado, contou nesta segunda-feira (10) o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, às vésperas de completar um ano do anúncio que chocou a Igreja Católica e o mundo. "Os mais próximos já tinham entendido que, há tempos, [Joseph] Ratzinger estava pensando, rezando, refletindo sobre a decisão de renunciar", comentou Lombardi.

Em entrevista à Rádio Vaticana, o porta-voz também reconheceu que há séculos não era registrada a renúncia de um Papa e que, "para a maioria das pessoas, tratava-se de um gesto inusitado e surpreendente". "A clareza e a fé com as quais Bento XVI se preparou para tomar essa decisão lhe concederam serenidade e força necessária para prosseguir com coragem", disse Lombardi. Segundo o representante da Santa Sé, Ratzinger "nunca temeu" consequências para a Igreja Católica pelo fato de dois Papas conviverem no mesmo território. "Para mim, estava absolutamente claro de que não havia nenhum temor. Por quê? Porque a questão é que o papado é um serviço, e não poder".

Lombardi também contou que, desde a renúncia, Bento XVI vive de maneira discreta, longe da "dimensão pública". "Mas isso não significa viver isolado", defendeu o porta-voz. "Ele tem uma vida de encontros, relações, trocas espirituais, inclusive com o papa Francisco". Eleito Papa em 2005, Bento XVI anunciou no dia 11 de fevereiro do ano passado que renunciaria a seu pontificado. Então com 85 anos, Ratzinger alegou cansaço físico e indisposição para cumprir com seus compromissos oficiais. Atualmente, o Papa Emérito vive no Mosteiro Mater Ecclesiae, no Vaticano, e raramente faz aparições públicas.

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