Não podeis servir a Deus e ao dinheiro. Por mais riqueza que tenha, ninguém compra a imortalidade

O Evangelista Marcos fala-nos de Jesus, que enviou, dois a dois, seus discípulos, a aldeias que ele ainda deveria chegar, para que lhe preparassem a estrada, o caminho, os corações, e sobretudo iniciassem a pregação do Reino. Mas, advertiu-os: não leveis nada pelo caminho.

O pregador, para Jesus, deveria ser um missionário itinerante, sem nenhum bem deste mundo.

Porque esta severidade de Jesus em eliminar os bens deste mundo, como o dinheiro, por exemplo. Porque Jesus nos quer ensinar que: em primeiro lugar não se compra o Reino de Deus; em segundo lugar não se compra o Céu; em terceiro lugar, por mais dinheiro que se tenha não se compra a imortalidade; em quarto lugar, por mais dinheiro que se tenha não se se livra da própria morte quando ela estiver decretada; em quinto lugar porque não quer que o espiritual seja misturado com o material. Não quer que o Reino de Deus seja misturado com o dinheiro deste mundo.

Não podeis servir a Deus e ao dinheiro. Este é um monito sempre atual a todas as grandes Igrejas, notem bem, a todas as grandes igrejas cristãs que tem um grande lastro de história por detraz.

Nós muitas vezes, buscamos sim, dinheiro. E dizemos que necessitamos do dinheiro para construções, novos edifícios e templos. Para até mesmo irmos ao encontro dos mais necessitados. Tudo isto deve ser temperado com o texto que acabamos de ler.

E os sacerdotes em primeiro lugar. Aqueles que tem cura de almas, aqueles que são responsáveis por uma porção do povo de Deus, devem saber que a única Igreja que agrada a Deus e que tem direito de eternidade é a Igreja viva que ele, abnegadamente, evangélicamente, despojadamente, como outro Cristo tenta construir com a palavra iluminada e sobretudo com o testemunho de vida.

O resto, todo o resto, ficará para traz.

Se um sacerdote construir uma belíssima comunidade e se esta comunidade se sustentar na caridade e no amor, tudo estará feito e é o que Deus deseja.