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Em missa de Páscoa, Papa Francisco cita terrorismo e refugiados

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A tradicional mensagem de Páscoa do papa Francisco, lida na Praça São Pedro, pediu "paz" e "esperança" para o mundo, além de condenar as guerras no Oriente Médio, como a da Síria, e os atentados terroristas recentes. Ele também solicitou ajuda aos refugiados e imigrantes. "Envio sinais de esperança para a querida Síria, país destruído por um longo conflito e marcado por morte e desprezo humanitário" disse o líder católico na mensagem discursada logo após a missa de Páscoa e chamada de "Urbi et Orbi" ("À cidade de Roma e ao mundo"). Francisco contou que tem rezado pelas negociações contra a guerra na Síria, para que, "com boa vontade e colaboração de todos, consigam ser colhidos os frutos da paz e o país se encaminhe para a construção de uma sociedade fraterna". Nesse contexto de união, o Papa também desejou uma convivência pacíficia, com um "encontro fecundo de povos e culturas", em outras regiões do Oriente Médio e da África, como Iraque, Iêmen e Líbia, países também marcados por conflitos armados internos. "Que o Senhor proporcione bons resultados às sementes de esperança e perspectivas de paz na África, principalmente em Burundi, Moçambique, República Democrática do Congo e Sudão do Sul, que passam por tensões políticas e sociais", completou.

Referindo-se ao seu continente natal, a América Latina, o Papa comentou sobre a situação da Venezuela. "Que a mensagem pascal de Jesus ressuscitado se projete cada vez mais sobre o povo venezuelano nas difíceis condições nas quais se encontra e sobre os que têm em suas mãos o destino do país, para que se possa trabalhar em vista do bem comum, buscando espaços de diálogos e colaboração com todos".

De maneira geral, Francisco pediu para que em todo o mundo se manifeste a "cultura do encontro, a justiça e o respeito recíproco, os quais possam garantir o bem-estar espiritual e material dos cidadãos". Discursando do balcão central da Basílica de São Pedro, no Vaticano, Francisco orientou os fiéis a aproveitarem a festa de Páscoa para "demonstrarem proximidade às vítimas do terrorismo, forma cega e inusitada de violência que não para de derramar sangue inocente em várias partes do mundo, como ocorreu nos recentes atentados na Bélgica, Turquia, Chade, Camarões e Costa do Marfim". "O mundo está cheio de pessoas que sofrem no corpo e no espírito, enquanto as crônicas diárias estão repletas de notícias de crimes de atrocidade, que com certa frequência ocorrem entre as paredes domésticas, e de conflitos armados de ampla escala", comentou o Papa. "Frente aos abismos espirituais e morais da humanidade, frente aos vazios que se abrem nos corações e que provocam ódio e morte, somente uma infinita misericórdia pode nos salvar", argumentou. "Somente Deus pode preencher com seu amor estes vazios e abismos, permitindo que não nos afundemos e fazendo-nos caminhar juntos até a terra da liberdade e da vida". As celebrações de Páscoa neste domingo na Praça São Pedro ocorreram sob forte esquema de segurança devido aos alertas emitidos pelas autoridades europeias após os atentados em Bruxelas, que deixaram mais de 30 mortos e centenas de feridos.

Os atos foram assumidos pelo Estado Islâmico (EI, ex-Isis). Ao fim da missa de Páscoa, o Papa cumprimentou o ex-rei da Bélgica, Alberto II, que abdicou do trono, e a ex-rainha Paola. Francisco também passeou pela Praça São Pedro a bordo do papamóvel para saudar o público.

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