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Argentinos comandam procissão pela favela onde o papa Francisco irá passar

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Nem Cristo Redentor, nem Maracanã, muito menos o Pão de Açúcar. No dia sem a presença do papa Francisco no Rio, e sem nenhum grande evento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) na cidade, debaixo de chuva, um grupo de cerca de 30 peregrinos argentinos escolheu visitar a comunidade de Varginha, na favela de Manguinhos, na zona norte, onde o líder da Igreja Católica estará na manhã desta quinta-feira. Moradores de comunidades carentes de Buenos Aires, alguns deles explicaram que gostariam de conhecer uma realidade parecida com a qual convivem, e optaram em ir ao local escolhido pelo primeiro Papa latino-americano da história.

“Aqui é um lugar como o nosso, simples. Acho muito importante termos contato com este lado da cidade, e não apenas com o Rio turístico”, afirmou Lisa Blanco, 19 anos, estudante e radialista da rádio comunitária FM Bajo Flores, bairro onde mora. Ela vive na comunidade denominada 1-11-14.

Ao lado dela, a também estudante Maria Saavedra, 17 anos, e o secretário Hugo Portillo, 20 anos, concordavam com a colega, e diziam não ver muita diferença entre o cenário em que vivem e a comunidade de Varginha. Para Portillo, a face da pobreza não apresenta muitas diferenças na América Latina, embora cada região tenha sua característica própria.

“Vemos muitas crianças circulando soltas pelas ruas aqui, a exemplo de onde moramos. Muitas mães também, com filhos no colo. É bem parecido”, pontuou.

Empunhando com orgulho a bandeira de seu país, o grupo participou de uma procissão pelas ruas do local, logo depois que a imagem de Nossa Senhora de Lujan, santa padroeira de Buenos Aires, chegou à Igreja São Jerônimo Emiliani, onde o papa Francisco irá quando passar pela comunidade. Eles saíram rezando pelas ruas de Varginha e pararam ao lado de uma imagem de Nossa Senhora da Aparecida que fica num altar no meio da favela. 

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