Às vésperas de visita do Papa Francisco, Femen protesta em Estrasburgo
A visita do papa Francisco ao Parlamento Europeu nem começou, mas já tem despertado polêmica.
Uma ativista do Femen voltou a protestar nesta segunda-feira (24), contra o discurso que o Pontífice fará amanhã no plenário em Estrasburgo. Do altar da Catedral de Estrasburgo, na França, a ativista tirou sua blusa para exibir uma inscrição contrária à visita do Papa: "Europa anti-secular". Suas costas também estavam pintadas com a frase "O Papa não é político". A jovem carregava ainda uma bandeira da União Europeia e uma coroa de flores na cabeça. Há duas semanas, outras ativistas do Femen tiraram a roupa na Praça São Pedro, no Vaticano, para protestar contra a ida de Francisco ao Parlamento Europeu. Nesta segunda-feira, o Papa, por sua vez, visitou a Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, para orar e desejar "uma boa viagem" a Estrasbusgo. "Francisco manteve uma oração silenciosa diante da Virgem Maria, por cerca de meia hora, e depositou flores no altar", disse o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.
A visita de Francisco durará apenas um dia e se concentrará no Parlamento Europeu. A viagem foi um convite de lideranças europeias. Em seu discurso, o Pontífice deverá fazer apelos contra os "muros" que ainda dividem o mundo e o continente. Além disso, Francisco terá um encontro com a proprietária de uma casa que alugou há 30 anos. Em 1986, Francisco, que era apenas Jorge Mario Bergoglio, alugou um quarto em Frankfurt para viver durante um período de estudos na Philosophisch-Theologische Hochschule Sankt Georgen. A proprietária era Elma Schmdit, que estará amanhã em Estrasbusgo.
De acordo com fontes locais, o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz presenteará o Papa com uma edição em espanhol das memórias de Jean Monnet, um dos arquitetos da unidade europeia.
Francisco será o segundo Papa a conhecer pessoalmente os prédios da UE. O primeiro foi João Paulo II, que esteve em Estrasburgo em 11 de outubro de 1988.