Processo contra padre francês por dizer que atos homossexuais são pecado é rejeitado pela Justiça
O padre francês Matthieu Raffray disse que o Ministério Público de Paris rejeitou um processo iniciado contra ele por dizer que os atos homossexuais são pecado e por chamar o homossexualismo de “fraqueza”.
Um documento legal dirigido ao padre e divulgado por ele, afirma que “no dia 19 de março, a delegação interministerial para a luta contra o racismo, o antissemitismo e o ódio anti-LGBT dirigiu-se ao Ministério Público de Paris” sobre “duas postagens feitas em suas contas no X e no Instagram” em janeiro e março.
O sacerdote do Instituto do Bom Pastor, sociedade de vida apostólica criada em Roma em 2006 para “a defesa e difusão da tradição católica em todas as suas formas”, segundo o site do instituto, publicou um comentário na rede social X sobre “terapias de conversão” no fim de janeiro.
O grupo ativista gay The LGBT Corner fez uma publicação provocadora na rede social X em 28 de janeiro perguntando se “uma pessoa pode fazer terapia de conversão por 10 euros na França. É isso que insinua o padre LeCoq, a quem contatei para ajudar o meu filho que sofria de “tendências homófilas”. Ele me encaminhou para o retiro ‘Be a Man’ (Seja um homem, em tradução livre), que ocorreria novamente em Annecy”.
Em resposta, Raffray escreveu: “Todo retiro espiritual é uma terapia de conversão. Desde os primórdios do catolicismo, os cristãos retiraram-se do mundo para se encontrarem diante do Senhor, a fim de se tornarem melhores” e criticou a “grosseira ignorância” e o modus operandi do lobby LGBT.
Em 15 de março, o padre publicou um vídeo no Instagram em que incentiva os fiéis a lutarem contra as suas fragilidades.
Em um vídeo publicado no Instagram em março, Raffray encorajou os fiéis a lutarem contra suas fraquezas, entre outras o homossexualismo, e comentou que cada pessoa tem suas próprias armas para lutar, mas o diabo convence as pessoas de que a luta “é muito difícil” e portanto é inútil resistir.
O aviso legal afirma que “depois de um exame cuidadoso dos comentários” do padre “não parece haver qualquer infração suficientemente caracterizada para justificar qualquer procedimento criminal contra ele”.
“Portanto, esse processo está sendo arquivado”, concluiu o documento.
“Os comentários que fiz não se enquadram no âmbito da lei”, destacou Raffray.