CATECISMO: CONFISSÃO DE PECADO MORTAL – EXPLICAÇÃO
'Se uma alma, que aspira à perfeição, tem a infelicidade de cometer, num momento de fraqueza, alguns pecados mortais, é necessário acusá-los com toda a sinceridade e clareza, desde o princípio da confissão, sem os afogar na multidão dos pecados veniais, dando bem a conhecer o seu número e espécie, com toda a lisura e humildade.
Tem de ter a indicação das causas dessas quedas, pedindo instantemente os remédios necessários para a cura.
É sobretudo indispensável ter deles contrição profunda, com firme propósito de evitar para o futuro não somente as faltas em si mesmas, mas as ocasiões e as causas que nos levaram ao abismo. Obtido o perdão do pecado, resta-nos conservar na alma um vivo e habitual sentimento de penitência, um coração contrito e humilhado, com o desejo sincero de reparar o mal cometido por uma vida austera e mortificada, por um amor ardente e generoso. E então, uma falta grave insulada, que imediatamente se reparou, não é obstáculo duradouro ao progresso espiritual, pois apenas deixa vestígios na alma.'
Pe. Adolphe Tanquerey. ''Compêndio de Teologia Ascética e Mística''. Livraria Apostolado da Imprensa, Porto, 4ª Edição, 1948, p. 160