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O que as terríveis profecias de Nossa Senhora de La Salette têm a dizer?

Paramentos Litúrgicos

Primeiramente o que devemos escrever que a Profecia de Nossa Senhora de La Salette e a aparição de La Salette é aprovada pela Igreja Católica;

Conheça a história de Nossa Senhora de La Salette, a impressionante aparição da Virgem e suas profecias cujos efeitos são vistos até hoje.

Ao longo da história, em muitos momentos e lugares, a Virgem Santíssima apareceu ao seu povo trazendo no centro de suas mensagens um convite à conversão, à oração e à penitência. Das aparições, e entre as que são dadas como dignas de fé pela Igreja, temos a história de Nossa Senhora de La Salette! E você sabe qual foi a mensagem dada pela Virgem Santíssima nessa ocasião? Vejamos juntos o convite que nossa puríssima Mãe nos fez.

Conheça a história de Nossa Senhora de La Salette

La Salette é uma pequena cidade nos confins dos alpes franceses. Em 1846, Nossa Senhora aparece a dois pastorinhos, anos após a Revolução Francesa, numa França com a fé extremamente debilitada e frágil, onde quiseram colocar o homem e a razão no lugar de Deus. Para destronar Deus, a Igreja foi perseguida e atacada, com isso, os franceses eram um povo que já não participava das missas, não rezavam, não guardavam o domingo e dias solenes e tão pouco tinham zelo pelo nome de Deus. Essa era a realidade espiritual da França naquela época.

Era manhã de 19 de setembro, Melanie e Maximin, de 15 e 11 anos, pequenos pastorinhos da região, estavam juntos como de costume quando Melanie avista uma luz brilhante como o sol nos Alpes de La Salette. Eles vão ao encontro da estranha luz para saber do que se tratava. Ao chegar ao local, de dentro da Luz, eles enxergam uma “bela senhora” com vestes de camponesa, chorando, sentada sobre uma pedra, com os cotovelos apoiados sobre os joelhos e o rosto escondido entre as mãos, demonstrando profunda tristeza.

Mensagem Transmitida


Acalmando-os, a Virgem Maria se dirige a eles dizendo:

 “Vinde, meus filhos, não temais, aqui estou para vos comunicar uma grande notícia. Se meu povo não quiser aceitar, vejo-me forçada a deixar cair o braço de meu Filho. É tão forte e tão pesado que não posso mais segurar. A tanto tempo que sofro por vós…”

Daí em diante, Nossa Senhora de La Salette  passa a contar-lhes o porquê chora:

Depois, há tanto tempo que eu sofro por vós! Se quero que meu Filho não vos abandone, estou encarregada de rezar sem cessar. E, no que vos toca, não fazeis caso disso. Faríeis bem em rezar, quanto quiser, jamais poderíeis recompensar o trabalho que tomei por vós.

“Dei-vos seis dias para trabalhar, reservei-me o sétimo, e não mo querem dar. É isso que torna tão pesado o braço de meu Filho.

“Os que conduzem as charretes não sabem falar sem pôr no meio o nome do meu Filho. São as duas coisas que tornam tão pesado o braço de meu Filho.

“Se a colheita se estraga, não é senão por vossa causa. Eu vos fiz ver isso no ano passado, relativamente às batatas inglesas; não fizestes caso; pelo contrário, quanto as encontráveis estragadas, blasfemáveis e pronunciáveis o nome de meu Filho. Elas vão continuar a deteriorar-se, e no Natal não haverá mais batatas inglesas.”

A Virgem se dirigia a eles um modo que pudessem compreender em francês e também no dialeto regional. Cada criança recebeu da Virgem Maria mensagens específicas, de forma que em alguns momentos Melanie e Maximin não compreendiam o que era dirigido ao outro.

A “Bella Senhora” também os exorta sobre a importância da oração e que se deve rezar ao menos pela manhã e à noite um Pai Nosso e uma Ave Maria e que sempre se deve rezar mais, quando se é possível. Aponta que muitas pessoas não guardavam mais o domingo e que poucas mulheres idosas iam à Missa.

As profecias de Nossa Senhora de La Salette

Na sequência Nossa Senhora começa a detalhar os castigos que o povo começaria a sofrer e como a igreja seria perseguida e os pecados abundariam a terra.

 “Deus vai golpear de modo inaudito. Ai dos habitantes da Terra. Deus vai esgotar sua cólera, e ninguém poderá fugir a tantos males acumulados.”

“Não se verá outra coisa senão homicídios, ódio, inveja, mentira e discórdia, sem amor pela pátria e sem amor pela família.”

 “Os governantes civis terão todos um mesmo objetivo, que consistirá em abolir e fazer desaparecer todo princípio religioso para dar lugar ao materialismo, ao ateísmo, ao espiritismo e a toda espécie de vícios.
“A Terra será atingida por toda espécie de flagelos (além da peste e da fome, que serão gerais).

Além disso, Nossa Senhora de La Salette dedica parte do diálogo para alertar sobre a postura dos sacerdotes e de como a falta de fé assolaria não só os fieis leigos, mas se instauraria no clero.

“…os sacerdotes converteram-se em cloacas de impureza. Sim, os sacerdotes provocam a vingança e a vingança pende sobre suas cabeças.

Ai dos sacerdotes e pessoas consagradas a Deus que pelas suas infidelidades e más vidas crucificam meu Filho de novo!

Os pecados das pessoas consagradas a Deus clamam ao Céu e atraem vingança, e eis que a vingança está às suas portas, porque já não se encontra ninguém para implorar misericórdia e perdão para o povo.

Já não há almas generosas, já não há ninguém digno de oferecer a Vítima sem mancha ao Eterno, pelo mundo”.

A respeito de Roma ela diz: “Os sacerdotes e os religiosos serão expulsos. Serão entregues à morte, e morte cruel. Vários abandonarão a fé, e o número dos sacerdotes e religiosos que se afastarão da verdadeira Religião será grande. “Entre essas pessoas encontrar-se-ão até bispos.

São Luís Maria e a história de Nossa Senhora de La Salette

Nossa Senhora de La Salette, ao fim do Manuscrito, depois de traçar todo tipo de males, castigos e sofrimentos que acometeriam a terra e sua Igreja, faz um apelo amoroso ao que ela chamou de Apóstolo dos últimos tempos, esses que seriam levantados pois no fim, “tudo será renovado. Deus será servido e glorificado”.

“Enfim, apelo aos Apóstolos dos Últimos Tempos, aos fiéis discípulos de Jesus Cristo que viveram no desprezo do mundo e de si próprios (…) É chegado o tempo para que eles saiam e venham iluminar a Terra. Ide e mostrai-vos como meus filhos amados. Estou convosco e em vós, contanto que vossa fé seja a luz que vos ilumina nestes dias de desgraças.”

Diante da profecia da Virgem, podemos traçar um paralelo também com São Luís Maria Grignion, que possui uma relação especial com a história de Nossa Senhora de La Salette. Embora tenha vivido cerca de um século antes das aparições de La Salette, seus escritos proféticos do Tratado da Verdadeira Devoção, que ficariam esquecidos por anos, foram encontrados em 1842. Sendo editado em 1843, poucos anos antes da aparição de Nossa Senhora de La Salette. A aparição da Virgem como que confirma o que foi escrito pelo Santo no Tratado.

Assim como Nossa Senhora de La Salette, São Luís também profetizou em seu que surgiram Apóstolos dos últimos tempos1. A estes, ele diz:

“Serão “ministros do Senhor” 2 que, qual fogo crepitante, levarão a toda parte as chamas do Amor Divino. Serão “setas na mão do Poderoso3, flechas agudas nas mãos poderosas de Maria para trespassarem os seus inimigos.(…). Serão por toda parte o “bom odor de Jesus Cristo”: odor de vida para os pobres, os pequenos e os humildes; odor de morte para os grandes, os ricos e orgulhosos mundanos45

Dessa forma, Deus, em sua misericórdia, nos revela por meio de sua Mãe santíssima e através de um grande Santo, aquilo que prepara para sua Igreja.

Promessa de Cristo à sua Igreja

Também no tratado, São Luís vai dizer:

“No fim do mundo e em breve, o Altíssimo e sua santa Mãe devem suscitar grandes santos, de uma santidade tal que sobrepujarão a maior parte dos santos, como os cedros do Líbano se avantajam às pequenas árvores em redor, segundo revelação feita a uma santa alma”. 6

Olhemos para essa promessa de socorro divino e possamos nós fazermos parte desse povo que se levantará pelo reino de Deus, sob a proteção da Virgem de La Salette. Confiemos nas promessas de Cristo, de que estaria conosco até o fim dos tempos, suportando as tribulações investidas de Satanás contra a Santa igreja e seus filhos, firmes na certeza de que as “portas do inferno não prevalecerão contra ela.” 7

Referências

  1. TVD 55-59[]
  2. Hb 1, 7; Sl 103, 4[]
  3. Sl 126, 4[]
  4. 2 Cor 2, 15-16[]
  5. TVD – 56[]
  6. TVD – 47[]
  7. Mt 16, 18[]

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