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CITAÇÃO DO LIVRO DO PROFETA DANIEL COMEÇA A TER SENTIDO COM O NOVO DECRETO PAPAL – POR MÔNICA ROMANO

Paramentos Litúrgicos

Novo decreto do Papa FranciscoHá quase 10 anos quando me propus estudar com um olhar mais atento as profecias particulares, eu sempre me deparava com uma que eu acreditava ou estar longe de ocorrer, ou que seria impossível de ocorrer.

Trata se da citação do Livro do Profeta Daniel que passo a citar:

“Depois das sessenta e duas semanas, o Cristo será morto e a cidade e o santuário serão destruídos por um príncipe que virá… e até o fim haverá guerra e estão decretadas desolações. Confirmará a aliança para muitos, e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oblação, e haverá no santuário uma abominação desoladora até que a ruína decretada venha sobre o devastador” (9, 26-27).

Até há alguns dias, como mencionei acima, achava difícil que o que está escrito nessa passagem se cumprisse, “fará cessar o sacrifício e a oblação”. Claro que Daniel se refere ao Antigo Testamento e aos sacrifícios oferecidos a Deus no templo. Mas a história é cíclica e o que substituiu este Sacrifício senão aquele que Jesus nos deu com a Cruz? Aquele Sacrifício superou todos os outros, do lado da ferida aberta do lado, jorrou a água que batiza os fiéis de onde nasce uma nova Igreja, um novo homem através do Batismo.

 
O Sacrifício Perfeito, perpetuado e oferecido todos os dias, em todos os locais do mundo inteiro, em ação de graças à Deus.

Eu acreditava que o Sacrifício Perfeito poderia ser suprimido através da perseguição. Perseguição do Estado, perseguição da indiferença, perseguição dos pecadores que não querem a conversão, antes querem fazer perder as almas dos justos, mas jamais que esta supressão viesse justamente da Igreja.

Ano passado boa parte dos cristãos que zelam pela Liturgia e seus ritos guardados e ensinados por séculos e rezado pela maior parte dos Santos que estão em nossos altares, recebemos com alegria as intenções do Cardeal Sarah, Prefeito da Congregação para o Culto Divino de retomar e colocar em prática o que ao menos é pedido na "Sacrossantum Concilium", documento conciliar de 1965 e que é a própria constituição da Liturgia. Entre eles, o resgate do latim, do canto gregoriano e a posição “ad orientem”.

Tudo isso determinava que tais indicativas deveriam ser colocadas em prática a partir do Advento de 2016. Meses depois, o Papa Francisco nos deu um "banho de água fria" e desautorizou tudo o que foi proposto pelo Cardeal Sarah.

Mais alguns meses e recebemos a Exortação Apostólica Amoris Laetitia, que simplesmente contraria a Exortação Apostólica Familiaris Consórtio do Santo Papa João Paulo II. O que levou ao questionamento de quarto cardeais sendo eles Cardeal Walter Brandmuller, Cardeal Raymond L. Burke, Cardeal Carlo Caffarra e Cardeal Joachim Meisner,  os dois últimos falecidos recentemente, a fazerem questionamentos pertinentes ao Papa, sem que dele recebessem qualquer resposta. Mas não só os quatro cardeais que ficaram conhecidos como os “dúbias” que querem respostas; nós também as queremos.

E para completar mais esta; no dia 09 de setembro de 2017, o Vaticano publicou um “motu próprio” (decreto) do Papa Francisco sobre as traduções litúrgicas, intitulado “ Magno Principium”. Aí sim do que falava o profeta Daniel começa a fazer um certo sentido.

A Celebração Eucarística é um Sacramento, o mais perfeito de todos. E assim como os sacramentos para serem válidos é necessário que se cumpram alguns requisitos. É a água, aceitação e a Trindade que que tem que estar presentes no batismo, é a confirmação, óleos, a presença do Bispo no Crisma, é o “sim” do casal livre dos impedimentos previstos no Código de Direito Canônico no Matrimônio, é o arrependimento e a confissão contrita na Confissão, é a aceitação , a liberação e total entrega na Ordem, é a confissão, e pedido na Unção.

Todos eles têm suas fórmulas e ritos específicos que têm que ser seguidos para que se tenha validade. Na Celebração eucarística não é diferente. É como um processo penal, se alguma norma não for rigidamente seguida, o processo é todo anulado. E é aí que mora o perigo deste novo decreto papal, ele propõe liberdade às dioceses para fazer a tradução da celebração sem que o Vaticano seja consultado.

Hoje em dia isso já é o que se  pratica sem decreto nenhum, e o que temos são milhares de celebrações inválidas, onde não é oferecido o Sacrifício Perfeito pedido por Cristo; imagine sem o crivo papal? Aqueles Bispos que irresponsavelmente aderirem a este documento estarão cessando o Sacrifício e oblação, cumprindo assim o que é revelado na profecia de Daniel, atraindo para a Igreja desolação e destruição.

Vivemos tempos difíceis irmãos, hoje em dia boa parte dos fiéis é capaz de discernir o que é Verdade é o que é ilusão, mas nós temos pouco poder de tomar decisões, e uma delas deverá ser se abster de Celebrações assim, para o bem de nossa alma.

O mundo morre sufocado no próprio pecado, assim não fica difícil saber por que apenas 1/3 das almas serão salvas, o número parece pequeno? Mas encontrará o filho do homem fé , quando retornar?

 

Mônica Romano é catequista em Belo Horizonte, Minas Gerais e colaboradora voluntária dos portais Catolicismo Romano e Rádio Italiana.

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