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COMO VENCER CERTAS FORMAS DE COMPULSÃO CARNAL

Paramentos Litúrgicos

a) A super-excitação carnal deriva, em parte pelo menos, do fato de que a mente da pessoa NÃO está povoada de ideias elevadas, nem de convicções bem arraigadas no espírito.

b) Cria-se na pessoa uma necessidade imaginária, que é entendida como "alívio momentâneo", mas, que, de fato, é uma forma de tortura. Por quê?

No exato momento em que a pessoa PARECE sentir gozo, sobrevém o remorso e a “'NECESSIDADE" de procurar mais. Ora, não pode haver gozo-tormento.

Se os dois vêm praticamente juntos, quer dizer que é MAIS TORMENTO DO QUE GOZO…

De gozo, esse movimento só tem uma fruição de segundos; de tormentos, contém TUDO que tortura a alma e a entristece até o fundo. Qual a proporção de náuseas, fastio e enfado que entra nisso?

c) Opera-se, de forma pouco perceptível e fragmentária, uma progressão crescente desse mal.

A partir de certo ponto, a imaginação da pessoa JÁ NÃO SE "CONTENTA" com a fantasia: quer transformá-la em realidade. Daí, o risco dos atos pecaminosos com outros. Constituem etapas de um mesmo processo.

d) O ludíbrio da mente.

A inteligência da pessoa, de forma errônea, fomenta uma associação de ideias e de imagens que confunde.

É mais ou menos assim: todo ser humano busca a felicidade. Todos procuram o bem, o que é inteiramente verdadeiro. Contudo, de que bem se trata?

EM QUE CONSISTE O PECADO – ENTRE UM BEM MAIOR E UM BEM MENOR, ESCOLHER O BEM MENOR…

“Assim a avareza não é vício do ouro, mas do homem que ama desordenadamente O OURO, POR ELE ABANDONANDO A JUSTIÇA, QUE DEVE SER INFINITAMENTE PREFERIDA A ESTA METAL. E a luxúria não é vício da beleza e graça do corpo, mas da alma que perversamente procura os prazeres corporais DESPREZANDO A TEMPERANÇA, QUE NOS UNE A COISAS ESPIRITUALMENTE MAIS BELAS E INCORRUPTIVELMENTE MAIS CHEIAS DE GRAÇA. E a jactância que não é vício do louvor humano, mas da alma que ama desordenadamente ser louvada pelos homens, DESDENHANDO O TESTEMUNHO DA PRÓPRIA CONSCIÊNCIA. E a soberba não é vicio de quem dá o poder, ou do poder mesmo, mas da alma que ama desordenadamente seu próprio poder, DESPREZANDO O PODER MAIS JUSTO E PODEROSO. Por isso quem ama desordenadamente o bem, seja de qual natureza for, mesmo conseguindo-o, torna-se miserável e mau no bem, AO PRIVAR-SE DO MELHOR”. (cf. A Cidade de Deus, VIII, p.70)

Como se opera essa inversão de valores?

A pessoa nutre certa ilusão. Consiste em imaginar que, num dado momento, essa fruição carnal suscitará uma felicidade inebriante, atendendo, por fim, a tal expectativa aflitiva de saciar um gozo descomedido.

Esse devaneio não passa, todavia, de UM ENTE DE RAZÃO (=fantasia que só existe na cabeça da pessoa, mas não tem correspondência com a realidade).

e) Realidade e imaginação.

Há, pois, dois elementos em jogo: o real e o fantasioso.

À luz disso, em que consiste, propriamente, a felicidade?

Está no seguinte: quando a pessoa apanha a realidade, na carne viva dos fatos, TEM CERTEZA de que não lhe falta o chão debaixo dos pés. Isso confere bem-estar ao indivíduo.

Assim como a verdade é a correspondência exata (=adequação) entre a ideia e o objeto, cumpre ter presente que a felicidade verdadeira (até onde é possível nesta terra) granjeia-se quando a pessoa está à procura da forma mais elevada de bem que a inteligência possa conceber, recusando, para isso, o bem menor quando este se opõe ao bem maior. Tal objetivo tem ALCANCE REAL, ou seja, é atingível; não se trata, portanto, de um logro.

Trocando em miúdos, quando a inteligência faz ver ao indivíduo que envereda pelo caminho certo, a pessoa regozija por inteiro.

Escolhendo, porém, a via falsa, o equilíbrio interno desaba, pois jamais uma fábula, ficção, engodo, poderá atender à ânsia do homem pela verdade completa.

O sonho do deleite arrebatador e pletórico é um artifício próprio de quem se alienou da realidade.

Passemos a uma imagem ilustrativa.

Figuremos uma situação em que a pessoa ficasse durante longo tempo como que pairando no ar, em sucessivos movimentos desconcertantes e inesperados. Nalguns casos, isso poderia levar a uma impressão de insegurança e de desconforto fortes, pondo em risco o equilíbrio emocional e psíquico do indivíduo.

Quem já não andou nas rodas gigantes de outrora?

Nos parques de diversão de antigamente havia uma cadeira que girava em todas as direções. Hoje essa forma de diversão tão comezinha cedeu lugar a outras, incomparavelmente mais palpitantes e eletrizantes…

Quando se tratava de crianças bem novas, já em tempos idos, havia quem tivesse medo de subir na roda gigante, porque a pessoa ficava de ponta cabeça, parecendo prestes a cair. O prazer da emoção não pagava o susto. Noutros, pelo contrário, o gosto pelo risco e pelo inopinado preponderava.

Cabe uma aplicação ao objeto proposto?

De forma um tanto semelhante, quando a pessoa é atacada por um ímpeto de "fisgar" certo gozo extasiante dos sentidos, é o que se passa no interior da “vítima”.

Uma espécie de "salto no escuro", qual seja, a procura de uma volúpia, de um arroubo de prazer inatingível.

Só essa expectativa produz forte ANGÚSTIA. Consiste em gerar uma ansiedade que nunca se cumpre.

f) Todo homem está à procura de algo que LHE DÊ BEM-ESTAR E TRANQUILIDADE.

Ora, isso é propriamente o que o pecado de sensualidade subtrai da pessoa, comunicando-lhe invariável mal-estar e intranquilidade permanente.

Por quê?

A felicidade está na temperança, e não na compulsão, à cata de um gozo crescente e inextinguível que a inteligência discerne ser inalcançável.

Por que a intelecção clara do fenômeno é de capital importância?

PORQUE A PESSOA SOMENTE VENCERÁ O DESAFIO PELA CONVICÇÃO FIRME E INABALÁVEL DE QUE, ASSIM AGINDO, ESTÁ À PROCURA… DO CONTRÁRIO DE TUDO QUANTO ALMEJA!

g) “Quem menos sofre, de certo modo, é o que mais padece”.

* Cada pessoa dispõe de uma espécie de "reserva" de capacidade de sofrer, um acúmulo de energia interior, para a qual precisa dar vazão. Todo ser humano é sôfrego disso.

Quando a pessoa não consome essa energia que está "sobrando", é como se essa "reserva" pressionasse as paredes de nosso ser, fazendo força para extravasar, expandir-se. Mais do que desconforto, essa compressão pode ser causa de um inexprimível abalo nas faculdades de alma de um indivíduo são.

Quando esse pendor não se exterioriza, a pessoa, de certo modo, SOFRE MAIS DO QUE QUALQUER OUTRA ADVERSIDADE QUE VENHA A ENFRENTAR.

h) “A tranquilidade da ordem”

Como a pessoa externa essas potencialidades represadas? Mediante o esforço proveniente do cumprimento do dever — o que dá sentido à existência.

Não há que negar: comporta sacrifício, abnegação, renúncia, incômodo, mas, ao termo, transmite a sensação do DEVER CUMPRIDO, que está na raiz da prática da virtude. A sensação do dever cumprido significa que o objetivo foi alcançado.

A inteligência faz ver que o esforço condizia com o esperado. Em face do alvo que se delineava, a vontade se ajustou, travou o embate requerido, mesmo à custa de um desagrado passageiro — porque renunciar à indolência e moleza está longe de ser “gostoso”. Feitas as contas, o lado superior da capacidade volitiva soube impor-se à compulsão "inferior" que, desde logo e sempre, busca tão-só a fruição imediata e embriagante.

Quando o movimento interior é ordenado, também a sensibilidade acompanha o comprazimento geral do ser: a inteligência subjugou a vontade, e esta a sensibilidade.

O bem-estar que isso proporciona denomina-se TRANQUILIDADE DA ORDEM. É como Santo Agostinho define PAZ.

A ordem consiste na disposição das coisas segundo o seu fim. Quando o organismo humano se acha em ordem, assegurada está a NORMALIDADE.

* O que é um organismo doente?

É o organismo no qual um ou diversos órgãos, ao invés de cumprir a sua função específica, falham. Por exemplo, quando a pessoa tem a impressão de que o alimento ingerido ficou "parado” no estômago…

A má digestão é a desordem, causa de mal-estar e de intranquilidade. Assim também, de forma análoga, o pecado.

i) A VIOLAÇÃO DA ORDEM MORAL “SIMULA” CONDUZIR A PESSOA POR UM CAMINHO QUE PARECERIA UM ATALHO INÉDITO DE FELICIDADE PLENA, EMBORA DESTA SÓ CONSERVE UMA APARÊNCIA FALACIOSA E FUGAZ.

De fato, o pecado altera, por assim dizer, o equilíbrio "metabólico" da vida espiritual, deixando a pessoa à mercê dos apetites desordenados.

Toda vez que, na ÂNSIA DE UM PRAZER DESMDEDIDO, A PESSOA PROCURA A MIRAGEM, A QUIMERA DA FELICIDADE — QUE A IMAGINAÇÃO ENTENDE OBTER POR MEIO DESSA FRAUDE, QUE É O PECADO CONTRA O SEXTO E NONO MANDAMENTOS —, A CONSCIÊNCIA, ILUMINADA PELA FÉ, SE INSURGE.

É mais ou menos como se alguém entortasse a perna ou o pé para andar… Digamos que, em seguida, intentasse “dar razão” ao seu grotesco manquitolar… Ruína infalível!

O organismo repele um esforço que não corresponde ao movimento natural de cada parte do corpo.

Quando, pelo contrário, o indivíduo empenha todas as suas forças para atingir um resultado louvável, alvissareiro — estudo sério, esforço físico sensato; sobretudo, empenho em consertar um defeito —, o organismo se rejubila, pois "percebe" caminhar na direção de algo EFETIVAMENTE "proveitoso".

Nesse sentido, o sacrifício (entendido como um esforço para vencer aos defeitos de cada um) bem encaminhado, NÃO CAUSA, NEM DE LONGE, O TRANSTORNO INTERIOR QUE CAUSA A BUSCA SÔFREGA DE UM PRAZER ALUCINANTE, CONCEBIDO POR UMA IMAGINAÇÃO FEBRIL.

Primeiro, porque o esforço pelo prazer desmedido não corresponde à finalidade para a qual fomos criados.

Segundo, porque a inteligência, seguidas vezes, aponta que a pessoa está sendo lograda, acentuando que envereda pelo caminho falso. Numa palavra, tudo prediz o retumbante FRACASSO FINAL.

A razão adverte a pessoa para a INCONTORNÁVEL REALIDADE de que, após o pecado, sentirá uma cruel dissociação interna.

Quer dizer, esse átimo de gozo virá acompanhado da DOLOROSA CERTEZA de que imergiu numa atmosfera irreal, o que repugna à natureza humana.

j) Diante disso, como proceder?

SÓ HÁ DOIS CAMINHOS.

* CONTINUAR NA MESMA VIA, RUMO AO INCERTO E AO DESCONHECIDO?

Fazendo-o, A EXPECTATIVA E A INSEGURANÇA aumentam, pois o indivíduo aprofunda o que sabe NÃO ATENDER AO SEUA ANSEIO REAL.

Como pode saber que NÃO ATENDE?

PORQUE, A RAZÃO FAZ VER DE ANTEMÃO VIRÁ UM FRACASSO CADA VEZ MAIOR… E, JUNTO COM ISSO, A NECESSIDADE (ILUSÓRIA, MAS OBSEDANTE) DE "BUSCAR MAIS" DESSE MESMO "FRACASSO"…

ORA, COLHER FRACASSOS NUMA MESMA DIREÇÃO, HAVERÁ ALGO QUE MAIS PERTURBE A MENTE HUMANA, QUE, POSITIVAMENTE, DESEJA NÃO FRACASSAR, MAS RETIFICAR OS RUMOS?

** SUSPENDER POR COMPLETO ESSA BUSCA UTÓPICA E TREPIDANTE.

Suspender equivale a suprimir. Como se corta o fio dessa abjeta escravidão?

Arrancando pela raiz o mal.

Conforme já foi assinalado acima, o grande mito que está por detrás da sensualidade desbragada consiste numa fantasia: a do GOZO DELIRANTE, que só a imaginação concebe.

A essa ponderação mentirosa, a inteligência passa a redarguir, de modo insofismável: Como as mesmas causas, aplicadas aos mesmos objetos, podem produzir resultados diversos dos péssimos efeitos que ninguém pode ignorar?

Advém, então, o remorso redobrado pela recidiva.

k) “Como um leão a rugir, à procura de quem devorar…” (1Pd 5, 8)…

Por causa do pecado original, os instintos humanos estão desregrados. Tendo havido a revolta do homem contra Deus, por castigo, permitiu o Criador que também os instintos humanos se sublevassem contra a vontade bem ordenada e a reta razão. Por esse motivo, a todo instante, a má concupiscência ameaça soterrar o homem, como se cada qual tivesse em seu íntimo um leão a rugir, à procura de quem devorar… A questão está em não afrouxar a rédea.

Se a má concupiscência não for atiçada, sabendo o indivíduo mantê-la debaixo do jugo, submete-se aquela à vontade e à inteligência, e a pessoa granjeia a paz.

Se, pelo contrário, o indivíduo consente em que a sensibilidade desregrada passe como um rolo compressor sobre as potências superiores (vontade e inteligência), sempre de ponta-cabeça estará, isto é, fazendo um esforço em sentido contrário ao que o ordenamento interior da alma demanda. Resultado: decepção contínua e crescente.

l) Num passo seguinte, a crise de fé principia.

Razão: ou a pessoa vive como pensa, ou pensa como vive.

Nenhum homem consegue viver numa constante contradição: a cabeça vai para um lado; os sentidos desgovernados, para outro.

"Cumpre viver como se pensa, sob pena de, mais cedo ou mais tarde, acabar por pensar como se viveu" (Paul BOURGET, "Le démon de midi", Librairie Plon, Paris, 1914, vol. II, p. 375).

Por isso, quem entra na via da sensualidade penetra nas trevas interiores, o que, paulatinamente, destrói na pessoa toda a apetência pela VERDADE, pelo BEM e pelo BELO, E, CONSEQUENTEMENTE DA “FELICIDADE DE SITUAÇÃO”, CUJO CERNE ESTÁ NA TEMPERANÇA, E NÃO NA BUSCA COMPULSIVA DO PRAZER.

As verdades da fé perdem todo o alcance e razoabilidade para quem está imerso nas armadilhas dos sentidos ensandecidos.

m) Aqui, a pergunta desponta: o que a busca do prazer venéreo, por qualquer meio que seja, pode acrescentar "de novo", a cada vez que a pessoa concede nesse terreno?

Dito em outras palavras, de que modo o esforço reiterado para obter, mediante a visão, tato, e mil outros modos, uma sensação de BEM-ESTAR ESFUZIANTE, é capaz de concorrer para que alguém chegue ao fim almejado, que é a felicidade completa e incessante?

O corpo é templo do Espírito Santo e não um amálgama de tecidos, carnes e ossos — ou seja, um amontoado de elementos orgânicos susceptíveis de levar cada pessoa ao gozo inebriante e catatônico.

As partes genitais se prestam para a geração da prole, com vistas à manutenção da espécie humana. Fora disso, não são utilizadas de acordo com a sua finalidade precípua.

Eis o ponto central: sendo o homem racional, somente poderá ter desfrutar da felicidade com o BOM USO DA RAZÃO. Logo, a felicidade está em pensar; não em sentir.

n) Para concluir esta análise, vale citar um comentário de Napoleão Bonaparte. Na opinião do célebre general e imperador, “só é destruído aquilo que é substituído…”. Algo que se aplica bem ao caso presente.

Um exemplo histórico.

Geralmente, não era isso que fazia a Igreja, no que diz respeito aos templos e festas dos pagãos? Como desejava que estes esquecessem essas aberrações e passassem a adorar ao verdadeiro Deus, "santificava” os templos pagãos, transformando-os em igrejas; substituía as festanças iníquas, marcando, na mesma data, uma exuberante e sadia festa católica.

Desse modo, os pagãos se desafeiçoaram gradativamente do culto aos ídolos — que, de fato, eram demônios.

Apliquemos agora ao caso concreto.

Quando a pessoa se vê muito solicitada pelo apetite carnal, deve buscar algo que o entretenha de forma boa e razoável, comunicando-lhe real deleite do espírito, como um bem legítimo que compraz, fazendo o espírito espairecer. Com isso, o lado carnal "amansa".

Desta maneira, poderá sentir atração, entre outros, por um tema histórico relevante. Tomando rumos análogos, começará a sentir diversas formas de satisfação interior, a que se associará o bem-estar de haver realizado algo de definidamente bom e louvável.

Aprofundando-se nessas vias ordenadas, o homem torna-se mais “espiritual” e menos carnal, mais intelectivo e menos "sensitivo".

Descobre, por essa forma, que a felicidade consiste na paz interior, e não no desenfreado apego às criaturas.

CONCLUSÃO:

Por essa razão, os santos, ainda que em meio às maiores privações e sofrimentos, gozam de verdadeira paz e confiança, ainda que na fina ponta da alma. Sem dúvida, o fato de chegarem, mediante correspondência à graça divina, à perfeição dentro do próprio ser, comunica-lhes sensação de plenitude e de missão cumprida.

Essa busca contínua da excelência, já nesta terra, os predispõe a gozar dá visão beatífica, futuramente, no Céu.

Não é esse o nosso mais caro objetivo de vida?

ADENDO

O ÓCIO, PAI DE TODOS OS VÍCIOS

"O OCIOSO CAMINHA DEVAGAR… POR ISSO É QUE TODOS OS VÍCIOS O ALCANÇAM". SANTO AGOSTINHO

‘Pour que la vie sit bonne et douce, Il faut que l’occupation l’entoure et la penètre comme l’air l’entoure et pénètre le corps.
N’avoir pas, en dehors des grands devoirs, une occupation utile qui remplisse tous ces petits instants pendants lesquels l’esprit et le coeur restent seuls, c’est le lentement jeter en soi les semences d’un malaise qui tôt ou tard finira par détruir la gaîté, aigrir le caractère et affaiblir la vertu’.


TRADUÇÃO:

‘PARA QUE A VIDA SEJA BOA E SERENA, É PRECISO QUE ESTEJA CERCADA E INTERPENETRADA DE OCUPAÇÕES, À MANEIRA DO AR ATMOSFÉRICO, QUE CIRCUNDA E INTERPENETRA O NOSSO CORPO.

QUANDO, NOS INTERVALOS DOS GRANDES AFAZERES, A PESSOA NÃO POSSUI UMA OCUPAÇÃO PROVEITOSA, QUE PREENCHA TODOS OS INTERSTÍCIOS DE TEMPO EM QUE A MENTE E O CORAÇÃO ESTÃO SÓS, LENTAMENTE COMEÇA A CULTIVAR EM SI OS GÉRMENS DE UMA INQUIETAÇÃO INTERIOR QUE, MAIS DIA MENOS DIA, ACABARÁ POR EXTINGUIR-LHE A ALEGRIA, IRRITAR-LHE O CARÁTER E DEBILITAR-LHE A VIRTUDE’.

(PAILLETES D’OR – Cueillette de Petits Conseils pour la Santification et le Bonheur de la Vie, Publicaton Périodique, Première Série, Recuil des Années 1868-1869-1870, Ouvrage honoré d’un Bref de S. S. Pie IX, Nouvelle Édition, Avignon, Aubanel Frères, Éditeurs, Imprimeurs de N. S. P. le Pape, de Mgr l’Archevêque d’Avignon, de Mgr l’Archevêque de Reggio, Metropolitain des Calabres, e de Mgr l’Evêque de Terracine, Seze et Piperno, AVIGNON, 1879; p. 91).

 

 

 

 

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