Papa Bento XVI faz apelo contra a fome e o direito à vida
O papa Bento XVI, falou no Vaticano sobre a fome e o direito à vida, em mensagem ao diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Jacques Diouf, em virtude da 30ª Jornada Mundial da Alimentação cujo tema é "Preços dos alimentos: da crise à estabilidade".
A comunidade internacional deve lembrar que a "liberdade do jogo da fome é a primeira e concreta manifestação daquele direito à vida que, apesar de ser solenemente proclamado, está longe de uma ação efetiva", afirmou Bento XVI.
O alimento não é "uma mercadoria qualquer" que pode ser submetida a "manobras especulativas" destacou o Papa. Muitos dos "nossos irmãos e irmãs" não têm o pão cotidiano, no Chifre da África morre-se de fome, e são necessárias "intervenções a médio e longo prazo para que a atividade internacional não seja reduzida a dar respostas apenas às emergências", disse o Pontífice.
Segundo Joseph Ratzinger, "nenhum compromisso ou negociação, por quanto legitima que ela seja, poderá garantir a necessária segurança alimentar para cada população e comunidade sem a solidariedade e a autentica fraternidade".
A luta contra a fome poderá se realizar "se as instituições internacionais também garantam com imparcialidade e eficiência o seu serviço, mas no pleno respeito das condições mais profundas da alma humana e das aspirações de cada pessoa", afirmou ele.
O Papa pede que cada pessoa tenha "acesso aos recursos alimentares necessários, e nível suficiente de investimentos para o setor agrícola, com o objetivo de dar estabilidade à produção e portanto ao mercado".
