Papa visita Fátima e reza terço com jovens doentes e reclusos
O papa Francisco viajou para a cidade de Fátima, em Portugal, onde rezou o terço junto com jovens portadores de deficiência e presos. O grupo participante também contou com a presença de 129 acompanhantes, 27 bispos e outros representantes das dioceses portuguesas e de secretariados diocesanos.
A visita faz parte da série de compromissos do Pontífice no país por ocasião da edição de 2023 da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e aconteceu seis anos após ter feito sua primeira passagem pelo templo religioso, quando celebrou o centenário das aparições.
Segundo as autoridades locais, cerca de 200 mil peregrinos compareceram ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima, sendo que alguns deles passaram a noite na praça da Basílica. Francisco emocionou os fiéis e recebeu aplausos e acenos ao passar por uma longa reta a bordo do papamóvel, além de parar para abençoar crianças até chegar à Capelinha das Aparições.
Após entrar na capela, Jorge Bergoglio permaneceu em silêncio em frente à imagem da Virgem de Fátima durante cerca de cinco minutos e ofereceu o rosário de ouro ao Santuário.
Logo depois, o líder da Igreja Católica voltou a pedir uma Igreja aberta a todos, reforçando que “a capela onde estamos é uma bela imagem da Igreja: acolhedora e sem portas”.
“A Igreja não tem portas para que todos possam entrar. Aqui podemos insistir que todos podem entrar porque é a casa da Mãe e todos devem poder entrar, todos, todos”, ressaltou.
O Papa então retomou o tema da JMJ “Maria levantou-se e foi depressa” e disse que “Nossa Senhora é da pressa porque responde prontamente as orações”.
“Ela tem pressa de ficar por perto e sempre nos aponta para Jesus. Observemos a imagem de Maria e perguntemo-nos: O que é que me preocupa na minha vida?”, indagou, convidando todos os fiéis a colocarem os problemas a Maria porque “ela sinaliza com o coração para Jesus vir”.
Já o bispo de Leiria-Fátima, dom José Ornelas, saudou o Papa e ressaltou a oração pela paz tão caraterística da mensagem de Fátima, evocando a guerra na Ucrânia e outros conflitos que, no mundo, hipotecam o futuro dos jovens.
Lembrando o sofrimento dos Pastorinhos de Fátima – Lúcia, Francisco e Jacinta – , Ornelas evocou também as “crianças e jovens vítimas da doença, da pobreza, da fome, de todo o tipo de conflito, dos abusos, das injustiças e da exclusão dos mais frágeis”.
Por fim, apelou para que cada um se levante do comodismo e da indiferença, “como ensina Maria, nesta JMJ, celebrando a alegria de sermos Igreja que sonha, particularmente com os seus jovens, o sonho de Jesus para um mundo mais humano”.