A Mulher cristã e casada
A maior dificuldade que a mulher cristã e casada pode encontrar para compreender e praticar o preceito evangélico que determina estrita obediência ao marido (em tudo que não for contrário à virtude) consiste na incompreensão do valor incomensurável que a virtude da obediência tem para Deus, e o quanto a sua prática oportuniza de benefícios espirituais e mesmo temporais à mulher, ao mesmo tempo em que conduz sua alma, pelo combate ao orgulho, ao amor da própria vontade etc., a uma perfeição sempre maior e mais meritória.
Se as mulheres casadas compreendessem isso bem, todas desejariam passar longo tempo do dia implorando aos seus homens incontáveis ocasiões em que pudessem praticar uma perfeita obediência aos mesmos, tanto nas coisas mais simples e fáceis como nas mais difíceis e meritórias, sabendo que é sobretudo a Deus que elas obedecem e agradam, e não a simples mortais cheios de imperfeições; e estes homens, de sua parte, caso também compreendessem bem o valor da obediência, invejariam suas mulheres cada vez que lhes dessem alguma ordem, em vez de se sentirem de algum modo em uma posição privilegiada. Porque pela obediência se pode amontoar seguramente um tesouro imenso e crescente de riquezas, de dádivas e de bênçãos que só no céu se poderá vislumbrar.
Daí que Deus, ao instituir que a mulher obedeça ao marido, mais do que garantir o matrimônio e a família, garantiu à mulher mais um excelente meio para a conquista de uma felicidade perfeita e que não acaba; longe de diminuir, enxovalhar, denegrir ou prejudicar a mulher, abriu a ela mais uma senda para que pudesse elevar-se sempre, em virtude, em dignidade, em honra e perfeição.
(Equipe Catolicismo Romano)