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“Cultura do desperdício” põe em risco a dignidade humana dos mais frágeis, diz Papa Francisco

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O Papa Francisco recebeu em audiência, membros do Instituto “Dignitatis Humanae” e alertou para uma “cultura do desperdício” que coloca em risco a dignidade humana das pessoas, em especial a dos mais frágeis.

“Infelizmente, neste tempo, tão cheio de tantas esperanças e realizações, existem poderes e forças que acabam por produzir uma cultura de desperdício, e isso tende a tornar-se uma mentalidade comum” que prejudica “os seres humanos fracos como os pobres, os doentes e os idosos”, que correm o risco de serem "descartados, excluídos por uma engrenagem que tem que ser eficiente a todo o custo”, lamentou Francisco.

Esta forma de viver “ateísta” da sociedade atual só pode ser contrariada, segundo Francisco, através da Palavra de Deus que diz: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança".

“Se permitirmos que Ele se aproxime, a nossa consciência pessoal e social, os nossos modos de pensar e agir, as políticas, as prioridades e escolhas, vão mudar”, dado que o poder da palavra de Deus “estabelece limites para quem quer abusar dos direitos e da dignidade dos outros” e dá esperança e conforto “para aqueles que não se podem defender, que não têm meios intelectuais e práticos para afirmar o valor do seu sofrimento, dos seus direitos, das suas próprias vidas”, alertou Francisco durante a audiência, que aconteceu na Sala Clementina do Vaticano, onde recebeu uma delegação de cerca de 200 pessoas do Instituto “Dignitatis Humanae”.

A Doutrina Social da Igreja, com a sua visão integral do homem como um ser pessoal e social, é, na opinião de Francisco, a “bússola” para a vida de todos os cristãos, que “na história moderna e contemporânea” têm “na defesa da vida em todas as suas fases, o direito ao trabalho e ao trabalho decente, família, educação” , uma das maiores marcas.

Francisco defendeu que todas as iniciativas como a deste Instituto “Dignitatis Humanae” são bem-vindas uma vez que “que se destinam a ajudar as pessoas, comunidades e instituições de forma a redescobrir o alcance ético e social do princípio da dignidade da pessoa humana, a raiz da liberdade e da justiça”.

Para tal é preciso “aumentar a consciencialização e a formação dos leigos” em especial daqueles que estão envolvidos na política”, para que sejam capazes de pensar “de acordo com o Evangelho e a Doutrina Social da Igreja” e agir de forma coerente, “comunicando e colaborando com os que, com honestidade intelectual e sinceridade, compartilham, se não a fé, pelo menos uma visão semelhante do homem e da sociedade e suas consequências éticas” finalizou Francisco.

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