Há 11 anos, Bento XVI surpreendia o mundo e renunciava
Eram 11h46 (hora da Itália) do dia 11 de fevereiro de 2013; uma notícia que chocou o mundo: o então papa Bento XVI tomava uma decisão inédita na história moderna da Igreja Católica e anunciava, em latim, em uma reunião com cardeais que renunciava ao cargo.
Em menos de uma hora, Joseph Ratzinger deu os motivos para a sua saída, dizendo ter “meditado muito” sobre a decisão e de tê-la tomado “para o bem da Igreja. O então pontífice explicara que por sua idade avançada já não tinha mais condições de se manter na função e determinou que sua saída e o conclave para a escolha do sucessor começariam em 28 de fevereiro de 2013.
O processo do conclave foi encerrado em 13 de março, com a eleição do papa Francisco. Os quase oito anos em que Bento XVI ficou à frente da Igreja Católica foram marcados por fortes turbulências – com o vazamento de dados secretos e crises nas relações externas – e por um período mais forte de conservadorismo após a morte do popular João Paulo II.
Já a relação com seu sucessor, apesar de comentários sob anonimato de membros do Vaticano, sempre foi boa e tranquila, conforme Francisco. Jorge Mario Bergoglio chegou a dizer que Ratzinger era como um “avô sábio” ao qual se pede conselhos.
Bento XVI faleceu no dia 31 de dezembro de 2022, aos 95 anos, no Mosteiro Mater Ecclesiae, onde passou os quase 10 anos em que ficou como papa emérito da Igreja Católica.