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NITERÓI: GRAVÍSSIMO ATAQUE A NOSSO SENHOR E A SACERDOTE DURANTE MISSA TRIDENTINA

Paramentos Litúrgicos

Caríssimos leitores, publicamos a seguir um relato que nos chega de fiéis da Arquidiocese de Niterói acerca de um gravíssimo incidente ocorrido na última Quarta-Feira de Cinzas na igreja de São Domingos de Gusmão, em Niterói.

Nossos leitores certamente conhecem o reverendíssimo padre Anderson Batista da Silva, sacerdote mencionado nos acontecimentos narrados. Pedimos que leiam o relato com atenção e atendam às nossas petições ao final.

* * *

Na Quarta-Feira de Cinzas, tudo estava pronto para a celebração da Santa Missa na igreja de São Domingos de Gusmão. Pouco a pouco os fiéis entravam na igreja e se preparavam para pedir a Graça de Deus para entrarem no espírito da Quaresma.

A cerimônia seria no “rito em latim”, ou na “forma extraordinária do rito romano”, como o então Papa Bento XVI a chamou em seu motu proprio Summorum Pontificum, que liberou esta bela liturgia a todos os padres que a quisessem celebrar, sem qualquer empecilho, bastando apenas um grupo estável de fiéis que a reivindicassem.

Nesse dia em que os fiéis receberiam na fronte o sinal da cruz com as cinzas bentas e a exortação para crer no Evangelho e converter-se, aconteceu um incidente gravíssimo e lamentável. Certo senhor, desde a sua chegada, passou a reclamar, sempre em voz alta, acerca de diversas questões (da duração, do rito, do canto gregoriano etc.), incomodando sobremaneira quem estava perto.

Chegada a hora da Comunhão, como de costume, os fiéis formavam fila em direção ao altar e, ajoelhados, recebiam sobre a língua o Corpo de Cristo, da maneira preconizada pela prática milenar da Igreja. Todos os fiéis que participavam daquela missa estavam cientes deste modo de recepção do Sacramento segundo a forma do rito, até mesmo porque o padre Anderson costuma didaticamente explicar os detalhes das celebrações antes de seu início. A Comunhão na boca e de joelhos é, neste rito, a forma padrão.

O mencionado senhor entrou na fila da Comunhão, onde continuou com sua postura de reclamação, e, ao chegar para comungar, negou-se a receber a Comunhão na forma prescrita para o rito tradicional: exigia que a hóstia lhe fosse dada na mão. O amável pastor explicou calmamente que, na forma tradicional, a maneira prescrita de recepção do Sacramento era de joelhos e na língua, e que a matéria não era de escolha opcional do fiel. Porém o homem não se conformou com a explicação e, em voz alta, exigiu novamente que o recebesse na mão. Provavelmente desejando evitar maior perturbação da cerimônia, e considerando a gravidade de negar o sacramento a um fiel, o sacerdote preferiu conceder e dar-lhe a Comunhão na mão. O homem foi gentilmente informado de que deveria então comungar. Tendo o Sacramento em sua mão, fechou-a e negou-se a comungar, dizendo que era livre para comungar como quisesse, pois a Hóstia não pertence ao padre. Gritou, além disso, que aquela não era a sua religião e que aquela Missa não existia. Nesse momento, os que estavam próximos, tanto acólitos quanto parte dos fiéis, avisaram-lhe algo que não é matéria de concessão: ele não poderia sair dali com a Hóstia consagrada. Ignorando o aviso, o homem ameaçou os que o cercavam, e disse que passaria à força. Num acesso de fúria, o homem contou, gritando, “um, dois, três!!!”, e partiu violentamente para cima das pessoas que o cercavam, como que para derrubá-las e sair da Igreja de posse do Santíssimo Sacramento. Nesse esforço, o homem foi ao chão. Os acólitos e os mencionados fiéis apenas o imobilizaram (sem o agredir) para contê-lo e conduzi-lo à sala anexa que dá entrada à sacristia, na lateral da igreja, onde poderiam recuperar de sua mão os fragmentos do Corpo de Cristo. Em seguida, todos se afastaram desse senhor sem lhe infligir qualquer agressão, o que não se pode dizer dele próprio, que, com muita violência, distribuía pontapés enquanto se encontrava no chão. Durante todo este tempo, os demais fiéis, que estavam distantes do tumulto, permaneceram devotamente rezando a Ave-Maria.

O reverendo padre Anderson, durante todo o ocorrido, parecia estarrecido; continuou segurando a âmbula na mão. (Ele não podia segurar a âmbula e intervir na situação ao mesmo tempo.) Após o tumulto, o local do incidente teve de ser purificado, conforme os ritos apropriados, pois partículas da Hóstia consagrada espalharam-se no chão.

Após a ocorrência desse pavoroso ato de profanação e ultraje, que perturbou a paz de todos que se encontravam na igreja, o homem, após sair do local, voltou pela entrada principal e ali gritou e fez ameaças, dizendo que era procurador, e que acabaria com a vida do padre. Disse que iria à delegacia prestar queixa do ocorrido.

Especialmente triste parecia ser a situação da senhora que o acompanhava, pois parecia ser de saúde frágil e se mostrava extremamente constrangida com o escândalo promovido pelo seu acompanhante.

O padre ficou visivelmente abalado com o episódio, mas, com o passar do tempo, pensamos que não haveria mais problemas. Ledo engano. Recentemente, tomamos conhecimento de que há uma queixa-crime contra ele. O teor da acusação consistiria em que o agressor e profanador da Eucaristia teria sido agarrado pelos acólitos e fiéis próximos e arrojado ao chão. O padre seria o culpado!

Queixa-crime, ameaça de processo judicial e promessa de destruição de reputação: eis o prêmio por não haver impedido seus acólitos e a assembleia de defender Jesus na Eucaristia. Difícil imaginar lógica mais tortuosa para proceder a tão leviana acusação: o padre, provavelmente, por ser considerado tão “retrógrado” quanto o rito tridentino, foi tido como mandante de lesão corporal.

* * *

Termina aqui este relato do que aconteceu na última quarta-feira de Cinzas na paróquia de São Domingos de Gusmão. Passemos agora às petições que mencionamos no início.

1) Oferecer orações nas intenções do padre Anderson Batista da Silva. Os leitores podem se manifestar a esse respeito nos comentários ou nas redes sociais. Neste momento, mais do que nunca, suas orações serão de grande conforto e ajuda. Sejamos generosos!

2) Escrever à Arquidiocese de Niterói parabenizando-a por ter em seus quadros um sacerdote tão bravo e piedoso como o padre Anderson, que há muitos anos dá o seu melhor na defesa da doutrina e da liturgia da Igreja Católica. As mensagens podem ser postadas no Facebook da Arquidiocese e no site da arquidiocese de Niterói.

Peçam à Arquidiocese que AMPARE e APÓIE o padre Anderson contra quaisquer processos judiciais que ele venha sofrer e que não o abandone nessa aflição. Que a Arquidiocese de Niterói não se dobre às ameaças do reclamante e ao seu status social (como ele mesmo disse, seria procurador), mas norteie-se tão somente pelo zelo para com a Eucaristia.

3) Rezar por esse senhor que apareceu inesperadamente na paróquia e causou tanta confusão. Que Deus o ilumine e que ele venha a se dar conta da grande afronta que causou ao Cristo Sacramentado, do distúrbio que causou ao insultar a forma tradicional do rito, do ultraje que foi querer – em tom de desafio e desprezo pela celebração – deixá-la com a Eucaristia em seu punho, e da gravidade da ameaça que fez ao sacerdote.

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