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O uso nocivo da televisão e da internet – Por Luigi Rossi

Paramentos Litúrgicos

Os senhores que são chefes de família, ou que serão um dia, peço que atentem ao que vou dizer.

Não permitam, em hipótese nenhuma, que um sinal de televisão chegue ao santuário do vosso lar. Seja televisão aberta, seja operadora particular, seja televisão a cabo, não importa: na vossa casa, ninguém assiste à programação da televisão nacional ou internacional.

Não que não exista absolutamente um programa ou uma atração qualquer que seja honesta ou aceitável. Existe. Mas a maioria esmagadora da programação, quase a totalidade, contando a publicidade, é absurdamente escandalosa, imoral e frequentemente herética e blasfema, constituindo um veneno mortal para o santuário da família e uma pestilência para a educação dos filhos.

Por prudência, e para garantir, é melhor se desfazer por completo da programação da televisão, afastar essa praga de vossas casas, de vossas famílias e de vossos filhos.

Portanto, nas vossas casas, a programação da televisão não deve estar disponível. É importante deixar o sinal completamente inacessível, para que ninguém tenha a mínima possibilidade de assistir à programação.

Se os senhores quiserem se informar, sejam tradicionais também nisto: um bom e velho jornal pode bastar. Também alguma revista, talvez, além da internet, de que falarei mais adiante. Até porque, convenhamos, senhores: a televisão não informa ninguém. Também nesse âmbito não pode fazer a menor falta.

Isso não significa que os senhores devem necessariamente se desfazer dos próprios aparelhos, entoando o coro de certas criaturas que confundem a pestilência da programação da televisão com o próprio aparelho de televisão. A televisão é só uma tecnologia audiovisual; e como tal, ela é boa. O Magistério da Igreja Católica, inclusive, já tratou do tema. Se um assassino pega uma faca e mata outrem, a culpa é do assassino, e não da faca. A televisão não escolhe e nem transmite programa nenhum. Ela é uma tecnologia sem vida e sem vontade.

A televisão pode ter alguma colaboração educativa para os vossos filhos, e pode também servir de entretenimento honesto para os senhores, vossas esposas e para as próprias crianças. Por exemplo, existem filmes em DVD que podem auxiliar na educação dos filhos, podem servir para entretê-los; e mesmo para que os senhores, assim como vossas esposas, caso achem gosto, possam assistir também alguns filmes antigos decentes e honestos.

Então, por essa razão, não é necessário fazer uma guerra contra a televisão, propriamente. Se os senhores quiserem, podem ter um aparelho em casa, sem problema. A guerra, total e sem trégua, é contra a programação da televisão, aberta (principalmente) e fechada, nacional e internacional.

Agora, falando sobre a internet.

Na internet, assim como na televisão, há toneladas de imoralidade e de abominações. Porém, diferentemente da televisão, o usuário de internet escolhe o que ele quer acessar e assistir, ou determina a sua própria programação — além de possuir um universo muito mais amplo para explorar. Por isso, e sendo a internet uma ferramenta realmente útil, um pai de família não precisa proibi-la dentro de sua casa. Todavia, é fundamental que algumas precauções sejam tomadas.

Por exemplo, em hipótese nenhuma, nenhuma mesmo, os pais devem colocar internet no quarto dos filhos. O computador ou celular no qual as crianças acessam devem ficar na sala, de preferência, ou em qualquer outro lugar da casa onde elas possam ser facilmente surpreendidas a qualquer momento, e vigiadas.

É preferível que as crianças acessem internet na companhia da mãe. Mas a mãe pode muito bem ficar cuidando de seus deveres domésticos, deixando as crianças sozinhas; desde que, é claro, um olho esteja na panela que cozinha o feijão, e o outro esteja no computador, observando com muito cuidado o que as crianças estão fazendo.

Do que foi dito, segue que os pais não devem dar às crianças celulares ou quaisquer outros aparelhos que as possibilitem acessar internet sem o devido acompanhamento, vigilância e controle. E, a menos que exista alguma razão muito séria, nem mesmo um celular sem internet os pais devem dar aos filhos.

Evidentemente, também tudo de impresso que chegue ao santuário familiar, deve passar pela vigilância atenta e zelosa dos senhores, chefes de família. Nem preciso falar: publicações imorais, heréticas, blasfemas, tudo deve ser consumido no fogo. É precisamente isto que Santo Afonso de Ligório exige dos pais de família, em um de seus escritos: que eles recolham e queimem todas as publicações indecentes que existem dentro de suas casas, e cuidem para que nunca mais entre uma única.

Senhores, se negligenciarem todos esses cuidados, terão de prestar contas a Deus por todos os danos que porventura atinjam vossos filhos. A responsabilidade será vossa, e pagarão caro por ela.

Tudo isso pode parecer exagero, mas assim, ou de modo ainda mais cuidadoso, agiam os pais católicos de antigamente, pelo menos os que realmente zelavam por suas famílias; assim agiriam diante dessas tecnologias de hoje, caso aparecessem no seu tempo, e caso vivessem em uma sociedade que odeia profundamente a Jesus Cristo, e que fez do demônio o seu senhor, como a nossa.

É comum que um pai pagão diga algo como ”Vou dar a meus filhos tudo o que eu não tive na infância”, se referindo sobretudo a confortos e luxos. Um pai católico tradicional, diz o seguinte: ”Vou assegurar a meus filhos uma educação verdadeiramente católica e tradicional, que eu não tive na infância”. E cumpre a sua promessa como o mais grave de seus deveres.

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