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Papa Francisco inicia viagem apostólica a Cuba e aos Estados Unidos

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O papa Francisco partiu da Itália na manhã deste sábado (19) com destino a Havana, em Cuba, para iniciar sua viagem apostólica de três dias pela ilha caribenha. Ele viajou para o país em um Airbus A330-200 batizado de "Raffaello Sanzio", pela companhia aérea Alitalia, em voo que saiu, pontualmente, às 10h35 (hora local). Sua chegada é esperada para às 16h (hora local).

No aeroporto de Fiumicino foram tomadas medidas de segurança discretas, como de costume. Jorge Mario Bergoglio foi recebido no local, entre outros, pelo presidente da Alitalia, Luca di Montezemolo, e pela diretora do Sistema de Aeroportos da região de Lazio, Patrizia Terlizi.

O Pontífice, antes de subir no avião, cumprimentou – sempre sorrindo – um a um os tripulantes da aeronave e, por último, saudou todos os que estavam aguardando o embarque do líder da Igreja Católica.

– Antes da viagem: Ainda antes de chegar ao aeroporto, a família síria que está hospedada na paróquia de Sant'Ana, no Vaticano, quis agradecer pessoalmente ao sucessor de Bento XVI por sua hospitalidade. Bergoglio também enviou um telegrama com saudações de "paz e prosperidade" para a Itália ao presidente do país, Sergio Mattarella. Uma formalidade sempre respeitada pelo Papa argentino. "Movido pelo desejo de encontrar meus irmãos na fé e os habitantes destas nações, me sinto grato por dirigir-me ao senhor presidente e a todo o povo italiano. A expressão dos meus melhores sentimentos que acompanho com cordiais desejos de paz e prosperidade", escreveu o Pontífice. – Visita por Cuba: Ao chegar à capital cubana, o Papa enfrentará um dia tropical típico do país: com muito calor e sem nenhuma previsão de chuva.

Lá, a missão misericordiosa do Pontífice terá três dias intensos, entre 19 e 22, durante os quais ele fará três missas: uma em Havana, outra em Holguín e a última em Santiago de Cuba, a mais de 800 quilômetros ao leste da capital. É esperada uma presença maciça de católicos, mas outros cubanos não crentes devem também ser impulsionados pela simpatia de Bergoglio – sem contar a curiosidade de ver o primeiro líder da Igreja Católica que vem da América Latina.

Personalidades de todo o continente anunciaram que estarão em Havana para receber o Pontífice, entre eles, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner e o do Equador, Rafael Corrêa.

O Papa terá uma cerimônia de boas vindas especial no aeroporto internacional José Martí, a 12 quilômetros do centro da cidade.

Depois, sua caravana se movimentará pela avenida Boyeros, que conecta o terminal com bairros muito populosos e com a Praça da Revolução, que já foi cenário de missas papais em 1998, com João Paulo II, e em 2012, com Bento XVI. Desta maneira, a pequena ilha no mar do Caribe que tem cerca de 11 milhões de habitantes receberá seu terceiro Pontífice nos últimos 17 anos. Todos os três tiveram missões muito especiais.

Karol Wojtyla veio impulsionar um processo, mesmo que em seu início, de restabelecimento das então muito complicadas e secas relações entre a Igreja Católica e o governo cubano, que sustenta conceitos comunistas. João Paulo II teve êxitos com seus propósitos e reuniu em suas missas em várias localidades de Cuba centenas de milhares de cubanos. O atual ex-presidente da ilha Fidel Castro foi seu anfitrião principal. Bento XVI, além de suas intenções pastorais, enriqueceu esse processo com a visita que fez em abril de 2012, mesmo cheia de complexidades. Como Wojtyla, Bergoglio traz em suas mãos outro "desgelo", esse muito mais difícil, entre os governos dos Estados Unidos e da ilha caribenha. Inimigos declarados e ativos, eles surpreenderam o mundo em dezembro do ano passado com o anúncio do processo de normalização de relações. Washington e Havana já obtiveram resultados surpreendentes, sendo o primeiro deles o restabelecimento de suas relações diplomáticas na questão da reabertura de Embaixadas – que ficaram fechadas por 54 anos.

Durante a visita tanto em Cuba como nos EUA, são esperados discursos sobre o embargo comercial norte-americano, que impede o desenvolvimento das relações econômicas bilaterais, ponto-chave para uma retomada total da relação entre as duas nações americanas.

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